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Escola de Engenharia da UFF vai estrear no Carnaval do Rio em 2024

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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Universidade de Niterói foi convidada pela agremiação carioca Em Cima da Hora, de Cavalcanti, para ajudar no trabalho do barracão da escola
escola de samba em cima da hora carnaval 2023
Em 2023, a Em Cima da Hora levou para o Sambódromo o enredo “Esperança, presente!”. Foto: reprodução Internet

A Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense vai estrear no Carnaval do Rio de Janeiro, em 2024. A porta de entrada para o Sambódromo será a Série Ouro, grupo em que se encontra a escola de samba Em Cima da Hora, do bairro carioca de Cavalcanti.

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Escola de Engenharia da UFF, no campus da Praia Vermelha. Foto: Divulgação

Um acordo entre a UFF e a agremiação vai levar alunos e professores da unidade, que fica no campus da Praia Vermelha, no bairro de São Domingos, em Niterói, para dentro do barracão da escola. O objetivo é ajudar, literalmente, na construção do carnaval da Em Cima da Hora.

De acordo com o diretor da Escola de Engenharia, professor José Rodrigues de Farias Filho, a ideia é pensar o barracão como uma fábrica. Caberá à universidade desenvolver uma espécie de linha de produção de elementos a serem utilizados pela escola, no desfile, de forma que tenham qualidade, eficiência e segurança.

– Não vamos entrar na questão lúdica e visual do Carnaval, mas oferecer suporte para os conhecimentos relacionados com a Engenharia. Isso engloba, por exemplo, solda, engrenagem, estudo de carga e movimento dos carros alegóricos, a parte elétrica, fios, segurança de uma maneira geral. Vamos estudar a dinâmica do local do desfile para conhecer as restrições impostas em termos de espaço, altura e dimensões para os carros alegóricos – explicou.

Partiu da Em Cima da Hora a iniciativa de fazer o convite para a UFF ajudar na realização do Carnaval da escola. Isso porque o vice-presidente da agremiação, Maurício Antunes, é amigo de professores da universidade, com quem comentou a respeito da ideia – acolhida e aprovada com louvor pela comunidade acadêmica.

Farias Filho contou que, quando a notícia da parceria começou a circular pela Escola de Engenharia, muita gente ficou (bem) impressionada com a ideia. Outros, segundo ele, não tinham noção que uma escola de samba poderia ser “encarada” como uma fábrica. E muitos ficaram interessados em participar.

– Achamos a ideia sensacional – afirmou o professor que nunca viu um desfile de escola de samba, no Sambódromo, mas somente pela TV.

Segundo Farias Filho, essa iniciativa vai funcionar como uma experiência piloto, que levará um aprendizado para a universidade. Pode resultar, quem sabe, no desenvolvimento de um projeto institucional para uma futura formação de profissionais para o ecossistema do samba.

Será que a niteroiense Unidos do Viradouro vai ficar com ciúmes?

– Se o projeto der certo, ou seja, se der samba, podemos propor parcerias do tipo também para a Viradouro e a Porto da Pedra, de São Gonçalo, se as escolas se interessarem – disse o professor.

No momento, a Em Cima da Hora está em fase de escolha do enredo que levará para a avenida em 2024. Assim que isso for resolvido, os detalhes da parceria com a UFF serão definidos. O primeiro passo para a criação do grupo de trabalho, segundo o professor, será fazer uma imersão na escola para conhecer as demandas e a lógica de funcionamento de uma agremiação carnavalesca.

Em 2024, a Em Cima da Hora será a segunda a desfilar, no sábado de carnaval, 10 de fevereiro, segundo e último dia da apresentação da Série Ouro. Faz parte desse grupo do Carnaval do Rio de Janeiro a Acadêmicos de Niterói, sétima escola a desfilar na sexta-feira,  9 de fevereiro.

– Através desta parceria, a Em Cima da Hora, vem marcar uma nova fase no Carnaval, trazendo para participar da maior festa popular do planeta, os estudantes de graduação que vão ter a oportunidade de conhecer e trabalhar nessa grande festa – comentou o vice-presidente da agremiação, Maurício Antunes.

Sobre a possibilidade de ter que executar trabalhos “em cima da hora”, o professor não viu problemas:

– Nós, engenheiros, estamos acostumados com isso – brincou.

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