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Cinco embarcações abandonadas na Baía de Guanabara, perto da Ilha da Conceição, em Niterói, começaram a ser retiradas na quinta-feira (29). O trabalho está sendo feito por uma Força-tarefa, liderada pela autoridade portuária PortosRio.
Esse tipo de “limpeza” da Baía começou a ser feita em maio, quando uma embarcação de madeira, que estava à deriva há cerca de dez anos, foi retirada das águas. O barco naufragou na altura do Porto Organizado de Niterói, próximo à área de manobras, dificultando a navegação.
Este trabalho é orientado por um relatório da Capitania dos Portos que identificou 51 embarcações e cascos abandonados na região. Todos receberam a declaração de perdimento (perda da propriedade) da autoridade marítima, etapa essencial para o início da remoção.
Os cinco barcos que começaram a ser removidos estavam perto de um cais utilizado para descarregar peixes. Abandonados há pelo menos cinco anos, as embarcações e carcaças oferecem risco à navegação e dificultam o trabalho de pescadores.
O presidente da autoridade portuária PortosRio, Álvaro Sávio, estima que a retirada das cinco embarcações será concluída em 25 dias. Os barcos são construídos, majoritariamente, com madeira e têm porte médio. O maior deles tem cerca de 28 metros. O trabalho será feito sem a interdição total do cais, com o auxílio de mergulhadores, balsas com barreira de contenção e guindastes para retirar as partes maiores e mais pesadas.
Após a retirada das embarcações e carcaças abandonadas do mar, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, por meio da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), ficará responsável pela destinação final do material.
Integram a Força-tarefa Prefeitura de Niterói; Capitania dos Portos, Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar; Secretaria Estadual de Ambiente e Sustentabilidade; e Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
A Prefeitura de Niterói informou que, paralelamente à retirada das embarcações da Baía, dá continuidade ao trabalho que está fazendo para que, no segundo semestre deste ano, seja iniciada a dragagem do Canal de São Lourenço. Orçada em cerca de R$ 138 milhões, a obra vai permitir que a profundidade do canal passe de 7 para 11 metros. Isso vai permitir a entrada de navios de grande porte, o que estimula a construção de novas embarcações e amplia o setor de reparos e offshore.
Para o secretário Executivo, Rodrigo Neves, a união das forças é de extrema importância e vai facilitar o trabalho da Prefeitura:
– Com essa limpeza vamos avançar ainda mais o trabalho que estamos realizando desde 2013, vencendo várias etapas de burocracia. A licitação está em andamento com os trâmites legais e, no segundo semestre, daremos início à dragagem tão sonhada nos últimos 40 anos. Com isso, vamos revitalizar a indústria naval e pesqueira na cidade, além das atividades portuárias.
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