11 de dezembro

Niterói por niterói

Pesquisar
Close this search box.
Publicado

Em cartaz no MAC, ‘Cidade Silenciosa’ fala sobre a condição humana

Por Livia Figueiredo
| aseguirniteroi@gmail.com

COMPARTILHE

Nova exposição de Cesar Coelho retrata em pinturas, pessoas em diversos espaços públicos como praças, calçadas
Captura de Tela 2024-12-09 às 13.19.22
Foto: Divulgação

O conjunto de figuras humanas representadas nas obras da nova exposição do Museu de Arte Contemporânea (MAC), forma uma comunidade quase invisível e silenciosa. Em cartaz desde sábado (7), Cidade Silenciosa, nova mostra individual de Cesar Coelho, apresenta um conjunto de pinturas em grandes e pequenos formatos, todas em óleo e acrílica sobre tela, que ocupam as cinco paredes que formam o salão.

Leia mais: Após atingir a marca de 100 mil visitantes, MAC planeja exposição em homenagem a Paulo Gustavo

A arte de Cesar Coelho trata da condição humana, com um olhar mais dedicado às pessoas nas ruas, que estão aparentemente esquecidas de si mesmas.

– Busco as ruas, o homem da rua. Me atraem as figuras que encontro nas praças, nas calçadas, paradas, olhando, pensando. No que pensam, o que olham, qual o seu entendimento do mundo? Niterói é o meu campo. Em seus espaços públicos encontro os protagonistas de minhas histórias e queria chamá-los irmãos. Estamos todos no mesmo barco, na mesma travessia – afirmou o artista.

O espaço central da exposição é formado por uma instalação composta por andaimes e metal, de onde surgem, ou onde se escondem, as cabeças, corpos e representações metafóricas do destino humano, como na obra O Parto de si. São esculturas feitas em argila queimada, algumas retrabalhadas com betume, tinta acrílica ou esmalte.

A mostra fica em cartaz até 23 de fevereiro de 2025.

Sobre Cesar Coelho

Cesar nasceu em Andorinhas, Rio de Janeiro, em 1949 e aos quinze anos mudou-se para Niterói, onde até hoje vive e trabalha.

Formou-se em Direito pela UFF e fez um Mestrado em Linguística. Durante mais de trinta anos trabalhou como designer de sapatos e acessórios, período em que criou coleções inspiradas em Mondrian, Miró e Matisse para a marca SWAINS, criada por ele e seus irmãos.

A coleção Mondrian, especialmente, foi amplamente divulgada e consumida, sendo que a bolsa ícone da coleção faz parte hoje do acervo permanente da seção de indumentária do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.

Iniciou-se na pintura com Roberto Paragó, pintor paisagista de Niterói. Paragó cultivava a pintura ao ar livre, direta da natureza, tradição da cidade desde o Grupo Grimm (Niterói, entre 1884 e 1886). Assim deu seus primeiros passos na observação da luz e da sombra, dos volumes, do uso das cores. Pintando as paisagens começou a registrar a presença das pessoas que nelas apareciam – eram pescadores, pessoas junto ao mar. Daí por diante o foco principal de sua pintura deslocou-se gradualmente da paisagem para a figura humana.

Fez então alguns cursos livres na EAV – Escola de Artes Visuais do Parque Lage, principalmente de modelo vivo. Foi um caminho sem volta. Nunca mais se afastou dessa procura, da leitura e entendimento do ser humano através de seu corpo e de sua face. Foi nesse contexto que teve início o encontro de duas paixões: a representação pictórica e a linguagem escrita. O rosto e o corpo são um texto. A necessidade de expandir seu campo de criação levou-o a experimentar a argila.

Sob a orientação do escultor Rodrigo Pedrosa, começou a modelar o barro, sujar as mãos e extrair da terra as formas que precisavam emergir. O resultado foi o surgimento de figuras, principalmente cabeças, muito próximas das que povoam sua pintura.

Serviço:

Exposição – “Cidade Silenciosa” – individual de Cesar Coelho

Curadoria: Marcos de Lontra Costa
Período: Até 23/02/2025
Horário: Terça a domingo, das 10h às 18h (entrada permitida até 17h30)

Classificação indicativa: livre

Valor de ingresso: R$16 reais inteira / R$8 reais meia
Gratuidades: Crianças menores de 7 anos; Estudantes da rede pública (fundamental e médio); Moradores e naturais de Niterói; Servidoras/es públicos municipais de Niterói; Pessoas com deficiência; Visitante que chegar ao museu de bicicleta.

Às quartas-feiras a visitação é gratuita para todo mundo! Meia-entrada: Pessoas com mais de 60 anos; Estudantes de escolas particulares e universidades; ID Jovem: Pessoas de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos que estejam inscritas no CadÚnico; Professoras/es.

Local da venda de ingresso: diretamente na bilheteria do museu (somente pagamento em dinheiro)

Local: Salão Principal MAC Niterói
Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/nº – Boa Viagem – Niterói – RJ

Não é permitido circular dentro do museu com comida, bebida, bolsas e mochilas de porte médio ou malas, mas há no local guarda-volumes gratuito, sujeito à lotação.

COMPARTILHE