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Eleições 2024: as propostas dos candidatos à Prefeitura de Niterói para a Educação

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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A Seguir ouviu os candidatos sobre os principais problemas da cidade. Na Educação, zerar a fila da creche é unanimidade
escola niterói criança
A falta de vagas, principalmente na educação infantil, é a principal queixa dos moradores de Niterói. Foto: arquivo A Seguir Niterói

Nas últimas semanas, A Seguir Niterói entrevistou os candidatos à Prefeitura de Niterói. Buscou respostas para os principais problemas apontados pelos moradores. Todos os candidatos receberam a equipe do portal ou responderam às perguntas enviadas. Incluindo o candidato Guilherme Bussinger, do Mobiliza, que renunciou na segunda-feira (30), para apoiar a candidatura de Rodrigo Neves. O único candidato que não se apresentou para dar conta de seus planos aos eleitores, foi o representante do PL, Carlos Jordy.

As entrevistas estão reproduzidas na íntegra na área reservada a reportagens especiais.

Leia mais: Eleições 2024: as propostas dos candidatos à Prefeitura de Niterói para a Saúde

Na reta final da campanha, quando a mobilização toma conta das ruas e ainda existem eleitores indecisos, A Seguir revista os planos apresentados pelos candidatos para enfrentar problemas da cidade, como Saúde, Educação, Mobilidade e Segurança, entre outros. É mais uma contribuição do jornalismo da cidade para que o eleitor possa fazer uma escolha consciente na hora do voto. As informações sobre as propostas de Jordy foram levantadas no programa que registrou no TER-RJ.

O tema desta edição é a Educação. Veja o que pensam os candidatos:

Rodrigo Neves (PDT)

“Faremos um investimento ainda maior na Educação, que já avançou muito nos últimos governos, com recorde de escolas construídas nos meus oito anos de gestão. Vamos instituir o turno completo com atividades pedagógicas, esportivas e culturais para as crianças e colocar creches e escolas para crianças de 0 a 6 anos. Mas precisamos melhorar. Nosso governo foi o que mais construiu escolas na história de Niterói, com mais de 30 escolas nos últimos 10 anos. Vagas foram ampliadas em todas as faixas etárias sob responsabilidade da Prefeitura, profissionais foram contratados por concurso. Agora, nosso desafio será colocar as crianças de 0 a 6 anos na creche e implantar o turno completo com atividades pedagógicas e esportivas para nossos alunos. É evidente que a pandemia teve um impacto muito significativo na educação em todo o mundo e em Niterói não foi diferente. As ações já em andamento e as que vamos implantar serão fundamentais para que nossas crianças tenham a educação de qualidade e de referência no Estado. Uma das coisas que acredito que está prejudicando Niterói na avaliação do Ideb é que tem uma prática anterior à minha gestão de fazer o planejamento semanal do professor sempre às quartas-feiras, o que acaba encerrando o dia letivo cedo demais, além de provocar evasão escolar nesse dia. Nós vamos implantar o “Programa Quarta presente”, onde todas as crianças vão frequentar o turno escolar previsto e participar de atividades pedagógicas, culturais e esportivas. Com isso, não tenho dúvida que a cidade vai ter a melhor rede pública de Educação do país”.

Talíria Petrone (Psol)

“Não tem cidade que aponte caminho para o futuro que não cuide da educação. (Leonel) Brizola (ex-governador) já falava isso. Uma cidade que não cuida das crianças está andando para trás. E são 3 mil crianças fora da escola pública em Niterói, que tem uma das menores redes públicas municipais do estado e essa avaliação pífia (do Ideb). O que fazer? Primeiro, dizer que é um absurdo que a cidade que é o terceiro PIB do estado, 14º orçamento do Brasil, estar em uma situação tão dramática nas escolas. No primeiro dia do ano letivo, todas as crianças estarão na escola. Tomando algumas medidas, entre elas, abrir mil vagas, de cara, nos Cieps já municipalizados no Fonseca e no Cantagalo. Lá funcionam OSs com projetos sociais para a comunidade, que são bons projetos, mas não funcionam como escola. É possível, inclusive, conviver o projeto social com vagas escolares. Vamos identificar imóveis vazios para desapropriar ou municipalizar e transformar em escola e, nos dois primeiros anos, criar dez escolas. Se faltar vaga ainda, aí sim, usar o programa Escola Parceira, que é um programa transitório. Não pode ser programa estruturante como a prefeitura está fazendo e, com isso, transferindo dinheiro para a escola privada. O que é muito importante é que a gente vai universalizar o acesso à creche e educação infantil integral e vamos dobrar , em quatro anos de governo, o número de vagas  do Ensino Fundamental em tempo integral. Dobrar também o número de vagas de educação de jovens e adultos, que perdeu vagas, a pesar de Niterói ter mais de sete mil pessoas não alfabetizadas. Um programa que eu acho muito legal para adotar é a escola aberta, que permite o uso dos equipamentos das escolas pelas comunidades. Por exemplo, não tem equipamento cultural na Região Oceânica, mas a escola Portugal Pequeno tem um teatro; não tem equipamento cultural no Barreto, mas é possível criar um convênio com o Pedro II, que é uma escola federal, que tem um teatro profissional, no bairro. Inclusive, ajudamos a finalizar esse teatro via investimento por emenda parlamentar”.

Bruno Lessa (Podemos)

“Zerar a fila da creche é muito caro para mim. Vamos ampliar significativamente o número de vagas comprando vagas na rede particular. Isso já é feito, mas em uma dimensão pequena. Precisamos ampliar. O objetivo é zerar a fila em um ano, isso é compromisso meu. E ao longo dos quatro anos, vamos construir 20 novas Umeis. Com isso, no fim do mandato, tem toda a demanda absorvida pela rede. Sem mais necessidade dos convênios”.

Alessandra Marques (PCO)

“Como na maioria das cidades, os problemas principais de Niterói são os serviços básicos deficientes, incluindo a educação. Minha proposta é que a administração pública não deve ser feita por burocratas, mas sim pelos próprios trabalhadores em cada uma de suas áreas de atuação. Os trabalhadores da edução e a comunidade escolar devem tomar as decisões sobre a educação”.

Danielle Bornia (PSTU)

“Queremos garantir que todo trabalhador e trabalhadora possa ter educação pública de qualidade. Minha proposta é destinar 30% do orçamento para a educação, além da construção de Unidades de Educação Infantil (creches) públicas para atender a toda a demanda, tornando desnecessário o Programa Escola Parceira”.

Carlos Jordy

O candidato do PL não deu entrevista. Consta no seu “Plano de Governo 2025-2028” a meta de elevar a nota do município no Ideb e zerar fila da creche.

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