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A Prefeitura de Niterói informou ter começado a reconstruir o ecossistema da Ilha da Menina, em Itaipu, distante cerca de 1 quilômetro da praia.
O trabalho, iniciado na sexta-feira passada (16), consiste no “plantio experimental” de 80 mudas nativas, escolhidas por especialistas, para aquela área. Neste primeiro trabalho, foram plantadas mudas das espécies nativas: Aroeira (Schinus terebinthifoliu), Capororoca (Myrsine umbellata), Colo de Pescoço (Sophora tomentosa) e Araçá da Praia (Psidium cattleianum).
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O desenvolvimento das plantas será monitorado. Se o resultado se mostrar positivo, será criado um cronograma de plantio.
O professor e especialista em revegetação e restauração ecológica do Departamento de Biologia da PUC, Richieri Sartori, participa desta fase do projeto na Ilha Menina. Ele é responsável por trabalho semelhante que vem sendo realizado nas ilhas Cagarras, no Rio.
Sartori explicou que no levantamento realizado na ilha niteroiense verificou-se uma presença maciça de capim colonião. Essa espécie invasora dificulta a restauração com plantio manual de vegetação nativa.
– Optamos por plantar espécies de crescimento rápido para acelerarmos a cobertura da área e controlar a dominância atual do capim colonião. A única forma de retirar o capim colonião é cobrindo a área – afirmou.
De acordo com a Prefeitura, a ação faz parte do Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade. Esse projeto teve início em 2019 e contou com investimento de R$ 2,9 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Seu objetivo, ainda segundo a Prefeitura, é recuperar um total de 203,1 hectares de diferentes fitofisionomias da Mata Atlântica. Sua execução abrange as praias de Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu e Charitas, além do entorno da Lagoa de Itaipu e no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit).
Além dos técnicos, o trabalho envolve um grupo de voluntários e representantes do Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), da Reserva Extrativista de Itaipu (Resex), do Departamento de Biologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC) e do grupo de canoa havaiana Vou de Canoa.
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