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De bike pela orla: conheça as praias de Niterói pedalando

Por Fabiana Batista
| aseguirniteroi@gmail.com

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Em passeio pela orla, “A Seguir: Niterói” pedalou de Icaraí até as praias de Adão e Eva e conta tudo o que viu
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Praia de Eva no bairro de Jurujuba | Foto: Fabiana Batista

Com uma paisagem de tirar o fôlego e uma malha cicloviária planejada, Niterói convida a um passeio de bike. Nesta reportagem, o A Seguir: Niterói saiu de Santa Rosa para percorrer a orla de Icaraí, São Francisco, Charitas, Jurujuba e deu uma paradinha nas praias de Adão e Eva, em um trajeto de ciclovia até a entrada da Fortaleza de Santa Cruz.

O passeio de ida durou, mais ou menos, duas horas. O intuito foi apreciar a paisagem, começando pela Estrada Fróes, em Icaraí, com direito a água de coco em Charitas. Na reta final, foi possível conhecer um pouco do universo dos pescadores e descer nas areias de Adão e Eva. São três caminhos possíveis: do Centro pela Orla do Gragoatá, passando pelo MAC. Ou das ruas de Icaraí em direção ao calçadão do bairro. Quem parte da Região Oceânica pode atravessar o Túnel Charitas-Cafuba e virar à esquerda na rotatória.

De Icaraí até Jurujuba
A pedalada na orla de Icaraí começa na Avenica Jornalista Alberto Francisco Torres. Passando da Igreja São Judas Tadeu, o ciclista sobe a Estrada Fróes pela ciclovia. Nela, as marchas leve e pesada da bicicleta se revezam, o esforço é grande, mas vale a pena, e a vista é linda durante a subida. No melhor trecho, já no alto, vê-se toda a faixa de areia e parte do Rio de Janeiro.
Subida na Estrada Leopoldo Fróes | Foto: Fabiana Batista
O ciclista, então, desce as praias são São Francisco e Charitas. Na primeira não há quiosques e poucos banhistas são vistos dentro do mar. Já na seguinte, o que mais se encontra são escolas de canoagem, que aproveitam a tranquilidade do mar para treinos. Também há quiosques espalhados em toda a faixa de areia. Dependendo do horário, que tal uma pausa para matar a sede?
Seguimos adiante. Na altura do Preventório, o ciclista tem a opção de pegar o túnel e dar uma “esticadinha” até a Região Oceânica. Mas a reportagem seguiu adiante. O caminho é estruturado e conta com uma ciclovia pavimentada até a Avenida Carlos Ermelindo Marins, estreita e sem sinalização. O trecho demanda atenção redobrada. Este é o início do bairro de Jurujuba, que abriga parte do maior complexo de fortes da América Latina. A Fortaleza de Santa Cruz, Forte de São Luiz e Forte do Pico podem ser visitados de terça-feira a domingo.
A região é conhecida pela tradição pesqueira, mas a enseada não é convidativa para banhistas. O espelho d’água é tomado pelas embarcações. Vale a pena parar para contemplar os trabalhadores do mar chegando com suas redes enormes, carregadas de peixes.
Ao fundo barcos estacionados na praia de Jurujuba | Foto: Fabiana Batista
De Jurujuba à Fortaleza de Santa Cruz
Mas o passeio de bicicleta não acabou. Ao final da Avenida Carlos Ermelindo Marins, ao avistar uma placa marrom com uma seta para a Fortaleza de Santa Cruz, o ciclista vira à esquerda e sobe a Estrada General Eurico Gaspar Dutra. Arborizada, os moradores das casas próximas aproveitam para colocar cadeiras na rua e conversar. É como se aquele pedacinho de Niterói tivesse parado no tempo, numa época familiar e bucólica. Um deleite para quem vive por ali e tem a oportunidade de se distanciar da rotina pesada do Centro da cidade. O caminho é estreito e apesar de mão dupla, cabe apenas um carro por vez. Mais uma vez, ciclistas, cuidado.
Já na subida, dá-se de encontro com a Praia de Adão. Para acessar, basta trancar a bicicleta em algum lugar e descer as escadas. A paisagem é linda, e a areia está normalmente deserta em dias de semana ou bem cedo aos fins de semana. A água é tranquila, quase uma piscina para quem não gosta de mar agitado. As águas não são tão claras e convidativas, mas vale a pena conhecer.
Em seguida, ao descer a estrada mais alguns metros, encontra-se a Praia de Eva, a última deste circuito. Ali há três bares com vista para o mar. Na areia, algumas árvores produzem sombra e, como a praia “gêmea”, é quase deserta. O ciclista pode aproveitar e descansar ou seguir para a Fortaleza.
Parada para um descanso na praça da praia de São Francisco | Foto: Fabiana Batista
O retorno é o mesmo e pode ser encurtado pelo túnel Raul Veiga, que liga São Francisco a Icaraí. Este trajeto de volta é feito pelas Avenidas Quintino Bocaiúva e Roberto Silveira, duas das avenidas principais e com a melhor malha cicloviária da cidade. Bom passeio a todos.

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