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A Unidos do Viradouro terá como enredo para o Carnaval 2024 “Arroboboi, Dangbé”, sobre a energia do culto ao vodum serpente. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (20) pelas redes sociais da escola.
No Egito, a serpente era venerada e encarregada de proteger locais e moradias. Cleópatra era uma sacerdotisa que venerava a serpente. Todos os seus pertences e adornos eram em formato de cobras e similares. Este ritual cresceu através do Rio Nilo para as diversas regiões africanas.
No Antigo Dahomé, esta adoração se intensificou e lá Dan, como é chamada a Serpente Sagrada, transformou-se no maior símbolo daquele povo, também sendo chamado pelo nome de Vodun-Besen. Já os yorubás chamavam esta Divindade de Oxumarê ou a Cobra Arco-íris; e os Bantos, tinham uma divindade similar chamada de Angôro.
“Força que se manifestou desde épicas batalhas na Costa ocidental da África e que influenciou as lutas das guerreiras Mino, do reino de Daomé, iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé”, foi a forma como a escola descreveu o significado do seu enredo.
De acordo com a Viradouro, a energia do culto à serpente se estabeleceu no país com a instalação de terreiros na Bahia por Ludovina Pessoa, sacerdotisa daomeana “que veio para o Brasil com a missão de perpetuar a crença nos voduns”.
Ludovina também se torna liderança nas irmandades católicas e na formação do que hoje é o candomblé Jeje. Essa linhagem tem como referência o Terreiro do Bogum, centenário templo religioso, em Salvador, dedicado à Serpente.
Neste domingo, dia 23, a partir das 14h, a escola de samba promove sua tradicional Feijoada em homenagem a São Jorge, em sua quadra no Barreto, Zona Norte de Niterói.
Durante o evento, será feita a apresentação oficial do novo intérprete, Wander Pires (foto), e da equipe que fará o Carnaval 2024 da agremiação.
Depois de dez anos, o intérprete Zé Paulo Sierra deixou a Viradouro. Em 2023, a escola foi a vice-campeã do Carnaval do Rio de Janeiro. A agremiação perdeu o campeonato por um décimo.
Ainda durante a feijoada, haverá show dos segmentos, embalados pela bateria de mestre Ciça, haverá participações do Projeto Criolice, com repertório que propaga a arte e a cultura do samba, e do DJ Natinho Negrada, executando sucessos de vários ritmos.
A quadra da Viradouro fica na Av. do Contorno, 16. A entrada é gratuita. O prato de feijoada, servido das 14h30 às 17h, custa R $25.
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