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Covid-19 permanece em tendência de aumento, segundo Fiocruz

Por Redação
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De acordo com novo boletim, cerca de 48% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas nas últimas quatro semanas são em função da Covid-19
Hospital Oceânico- ocupação de unidades públicas cai em Niterói. Reprodução
Mais de 80% das notificações de óbitos por SRAG foram relacionadas ao coronavírus. Foto: Divulgação

Em mais uma semana, a Covid segue em tendência de aumento dos casos em todas as regiões do país. É o que informa o novo boletim divulgado nesta quinta-feira (26) pela Fiocruz. De acordo com o documento, cerca de 48% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas nas últimas quatro semanas são em função da Covid-19. Em relação aos óbitos por SRAG, 84% das notificações foram relacionadas ao coronavírus. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 20, que contempla o período de 15 a 21 de maio.

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Coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes ressalta que os dados atuais indicam a permanência da associação dessa tendência de crescimento de SRAG com o aumento de casos de Covid-19.

Em crianças de zero a 4 anos, continua a predominância do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), seguido dos casos de rinovírus, Sars-CoV-2 e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias, o Sars-CoV-2 é predominante entre os casos com identificação laboratorial. No Rio Grande do Sul, observa-se presença de casos positivos para Influenza A (gripe) em diversas faixas etárias nas semanas recentes, com sinal de possível crescimento, ainda que em volume relativamente baixo.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,5% para Influenza A; 0,4% para Influenza B; 30,1% para VSR; e 48,1% para Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,4% para Influenza A; 0% Influenza B; 6,6% para VSR; e 84% para Sars-CoV-2.

 

Unidades federativas e capitais

A análise aponta que 18 das 27 Unidades Federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): AC, AL, AM, AP, BA, DF, GO, MG, MT, PR, RJ, RN, RR, RS,  SC, SP, SE e TO.

Quanto às capitais, 20 das 27 unidades têm indícios de crescimento na tendência de longo prazo, incluindo o Rio de Janeiro.

No total,  23 macrorregiões de saúde encontram-se em nível pré-epidêmico; 16 em nível epidêmico; 68 em nível alto; e 11 em nível muito alto. Nenhuma macrorregião de saúde está em nível extremamente alto.

Casos de SRAG no país

Em nível nacional, os casos notificados de SRAG, independentemente de presença de febre, apresentam sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas), com estimativa de 6, mil casos na SE 20:

– O sinal de crescimento recente está presente em faixas etárias da população adulta – pontua Gomes.

Apenas sete Unidades da Federação apresentam pelo menos uma macrorregião de saúde com nível de casos semanais de SRAG considerado muito alto, somando um total de apenas nove das 118 macrorregiões de saúde do país.

No que se refere ao ano epidemiológico 2022, já foram notificados 141.808 casos de SRAG, sendo 72.092 (50,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 50.753 (35,8%) negativos e ao menos 11.521 (8,1%) aguardando resultado de exames. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial.

Dentre os casos positivos do ano corrente, 5,1% são Influenza A; 0,1%, Influenza B; 8,1%, VSR; e 81,5%, Sars-CoV-2.

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