22 de novembro

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Comércio prevê aumento de 12% nas vendas em Niterói com Copa, Natal, Réveillon e Verão

Por Gabriel Mansur
| aseguirniteroi@gmail.com

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Entidade espera gerar três mil novos empregos para o setor até o fim do ano
Sindiloja prevâê aumento de vendas no final do ano. Foto:  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Sindiloja prevê aumento de vendas no final do ano. Foto: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Copa do Mundo, natal, réveillon e férias escolares. Diante das datas comemorativas que aquecem o setor comercial, além do cenário epidemiológico controlado da pandemia da Covid-19, o presidente do Sindicato de Lojistas de Niterói, Charbel Tauil, prevê que as vendas aumentem em até 12% no segundo semestre em comparação aos primeiros seis meses do ano.

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De acordo com Tauil, que está à frente do Sindiloja desde 2014, o provável aumento da demanda tende a gerar ao menos 3 mil vagas temporárias no setor, especialmente em dezembro. O prognóstico, aliás, acompanha a tendência apontada pela Associação Brasileira do Varejo (ABV).

 Lembrado que o comércio foi o único segmento da economia em âmbito municipal que não gerou empregos em agosto, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Nos oito primeiros meses do ano, aliás, foi registrado um déficit de 527 vagas.

– A segunda parcela do 13º salário no bolso dos trabalhadores, a redução feita pelo Governo Federal nos preços dos combustíveis e nos impostos de mais e 4 mil produtos devem contribuir para aquecer as vendas neste final de ano. A expectativa é de que o setor contrate até 3 mil extras para o fim do ano, como ocorria antes da pandemia. Mas isso deve ser confirmado até o início do próximo mês – avaliou o empresário.

A perspectiva de Charbel corrobora o levantamento da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado no mês de agosto. Segundo a pesquisa, a confiança dos comerciantes atingiu o patamar mais alto desde o início da pandemia.

– Recentemente o comércio enfrentou restrições impostas durante a pandemia e teve que fechar as portas por longo período. O setor na cidade ainda se recupera. […] A expectativa é de que sejam retomados os números de antes da pandemia, apesar do impacto da Guerra da Ucrânia sobre alguns produtos e insumos e do endividamento da população – reiterou.

Charbel Tauil é o presidente do Sindicato de Lojistas de Niterói. Foto: leitor

Ao A SEGUIR: NITERÓI, Charbel afirmou que o Sindilojas Niterói representa cerca de quatro mil lojistas regularizados no município, sendo que 90% são micro e pequenas empresas.

Ele relatou ainda que, no período de outubro de 2021 a maio de 2022, foram 3.377 novas formalizações. O presidente também cobrou mais apoio do poder público para com o empresariado.

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Confira a entrevista

Quantas lojas regularizadas existem em Niterói atualmente?

O Sindicato dos Lojistas de Niterói (Sindilojas Niterói) representa cerca de 4 mil lojistas estabelecidos no comércio de Niterói (RJ). Em torno de 90% são micro e pequenas empresas. Niterói ainda possui, segundo a prefeitura, um total de 52 mil microempreendedores individuais. No período de outubro de 2021 a maio de 2022, foram 3.377 novas formalizações.

De que forma o setor de comércio contribui para com a economia em cenário municipal?

O setor de comércio e serviços é responsável por 97,1% do PIB municipal, segundo dados do IBGE. Esse percentual mostra que o setor deveria receber mais atenção das autoridades. E sinaliza que apoiar o comércio em Niterói não representa gasto nem custo, mas investimento, já que o retorno para o governo se dá através de maior arrecadação, geração de empregos, desenvolvimento para a cidade e bem estar para sua população

Como se dá a relação com o poder público? Houve alguma mudança mais significativa após a pandemia?

Um dos principais problemas é justamente a falta de diálogo e de apoio do poder público municipal. O Centro, considerado o maior polo de comércio e serviços da cidade, concentra lojas de grandes magazines, pequenos lojistas e camelôs, mas sofre com a degradação. Falta limpeza, segurança, mobilidade, vagas de estacionamento e fiscalização contra ambulantes não legalizados.

O bairro ainda convive com grande população em situação de rua, que deveria ser atendida, cuidada e reinserida na sociedade pelos órgãos governamentais. Além disso, falta parceria do Poder Público, seja na realização de atividades culturais e esportivas que atraiam os consumidores aos principais centros comerciais da cidade, seja na criação de vagas de estacionamento nestes polos, antigas reivindicações do setor.

Este ano, além das datas comemorativas regulares, teremos a Copa do Mundo. Diante disso, quais os prognósticos para o último bimestre de 2022?

O setor na cidade ainda se recupera e, por isso, mais uma vez se faz importante o apoio do Poder Público na facilitação de crédito, renegociação de dívidas e, principalmente, redução de impostos. A elevada tributação, além de atravancar o desenvolvimento da cidade, faz com que os produtos cheguem mais caros até o consumidor.

A segunda parcela do 13º salário no bolso dos trabalhadores, o quadro de deflação e a redução feita pelo Governo Federal nos preços dos combustíveis e nos impostos de mais de 4 mil produtos também devem contribuir para aquecer as vendas neste final de ano.

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