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Copa do Mundo, natal, réveillon e férias escolares. Diante das datas comemorativas que aquecem o setor comercial, além do cenário epidemiológico controlado da pandemia da Covid-19, o presidente do Sindicato de Lojistas de Niterói, Charbel Tauil, prevê que as vendas aumentem em até 12% no segundo semestre em comparação aos primeiros seis meses do ano.
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De acordo com Tauil, que está à frente do Sindiloja desde 2014, o provável aumento da demanda tende a gerar ao menos 3 mil vagas temporárias no setor, especialmente em dezembro. O prognóstico, aliás, acompanha a tendência apontada pela Associação Brasileira do Varejo (ABV).
Lembrado que o comércio foi o único segmento da economia em âmbito municipal que não gerou empregos em agosto, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Nos oito primeiros meses do ano, aliás, foi registrado um déficit de 527 vagas.
– A segunda parcela do 13º salário no bolso dos trabalhadores, a redução feita pelo Governo Federal nos preços dos combustíveis e nos impostos de mais e 4 mil produtos devem contribuir para aquecer as vendas neste final de ano. A expectativa é de que o setor contrate até 3 mil extras para o fim do ano, como ocorria antes da pandemia. Mas isso deve ser confirmado até o início do próximo mês – avaliou o empresário.
A perspectiva de Charbel corrobora o levantamento da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado no mês de agosto. Segundo a pesquisa, a confiança dos comerciantes atingiu o patamar mais alto desde o início da pandemia.
– Recentemente o comércio enfrentou restrições impostas durante a pandemia e teve que fechar as portas por longo período. O setor na cidade ainda se recupera. […] A expectativa é de que sejam retomados os números de antes da pandemia, apesar do impacto da Guerra da Ucrânia sobre alguns produtos e insumos e do endividamento da população – reiterou.
Ao A SEGUIR: NITERÓI, Charbel afirmou que o Sindilojas Niterói representa cerca de quatro mil lojistas regularizados no município, sendo que 90% são micro e pequenas empresas.
Ele relatou ainda que, no período de outubro de 2021 a maio de 2022, foram 3.377 novas formalizações. O presidente também cobrou mais apoio do poder público para com o empresariado.
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O Sindicato dos Lojistas de Niterói (Sindilojas Niterói) representa cerca de 4 mil lojistas estabelecidos no comércio de Niterói (RJ). Em torno de 90% são micro e pequenas empresas. Niterói ainda possui, segundo a prefeitura, um total de 52 mil microempreendedores individuais. No período de outubro de 2021 a maio de 2022, foram 3.377 novas formalizações.
O setor de comércio e serviços é responsável por 97,1% do PIB municipal, segundo dados do IBGE. Esse percentual mostra que o setor deveria receber mais atenção das autoridades. E sinaliza que apoiar o comércio em Niterói não representa gasto nem custo, mas investimento, já que o retorno para o governo se dá através de maior arrecadação, geração de empregos, desenvolvimento para a cidade e bem estar para sua população
Um dos principais problemas é justamente a falta de diálogo e de apoio do poder público municipal. O Centro, considerado o maior polo de comércio e serviços da cidade, concentra lojas de grandes magazines, pequenos lojistas e camelôs, mas sofre com a degradação. Falta limpeza, segurança, mobilidade, vagas de estacionamento e fiscalização contra ambulantes não legalizados.
O bairro ainda convive com grande população em situação de rua, que deveria ser atendida, cuidada e reinserida na sociedade pelos órgãos governamentais. Além disso, falta parceria do Poder Público, seja na realização de atividades culturais e esportivas que atraiam os consumidores aos principais centros comerciais da cidade, seja na criação de vagas de estacionamento nestes polos, antigas reivindicações do setor.
O setor na cidade ainda se recupera e, por isso, mais uma vez se faz importante o apoio do Poder Público na facilitação de crédito, renegociação de dívidas e, principalmente, redução de impostos. A elevada tributação, além de atravancar o desenvolvimento da cidade, faz com que os produtos cheguem mais caros até o consumidor.
A segunda parcela do 13º salário no bolso dos trabalhadores, o quadro de deflação e a redução feita pelo Governo Federal nos preços dos combustíveis e nos impostos de mais de 4 mil produtos também devem contribuir para aquecer as vendas neste final de ano.
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