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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) confirmaram a existência de um caso de Monkeypox (varíola do macaco) no estado do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15). Assim, sobe para cinco o número de casos da doença, no país: três em São Paulo e um no Rio Grande do Sul.
O paciente do Rio de Janeiro é um homem de 38 anos, que reside em Londres, chegou ao Brasil no sábado (11). Ele foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), no domingo, e as amostras coletadas foram encaminhadas para análise no Laboratório de referência da UFRJ. O resultado do exame concluído na terça-feira (14) foi positivo para Monkeypox. O caso já foi comunicado ao Ministério da Saúde (MS).
Todos os casos, no país, até o momento, são de pessoas que voltaram, recentemente, de viagem pela Europa, mais precisamente, Portugal e Espanha. Monitoramento em tempo real feito pela iniciativa Global.health, de pesquisadores de universidades como Harvard e Oxford, mostra que já se aproximam de 1.800 os casos positivos da doença, em quase 40 países. Inglaterra, Espanha e Portugal respondem por mais da metade das infecções, mas os números também crescem em países como Alemanha, Holanda e Canadá.
Contato pessoal
A Monkeypox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, com posterior cicatrização. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. O período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Em caso de suspeita da doença, o paciente deve ser isolado até o desaparecimento completo das lesões. O tratamento é baseado em medidas de suporte, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e sequelas.
O monitoramento do paciente e dos contactantes está sendo realizado pela vigilância municipal com apoio da vigilância estadual. Ele apresenta bom quadro clínico de saúde.
Em maio, o CIEVS enviou comunicado de alerta às Secretarias Municipais de Saúde orientando quanto à detecção e ao monitoramento de possíveis casos da doença. A medida tem como objetivo garantir que as vigilâncias municipais e estadual sejam notificadas dos possíveis casos e possam fazer o acompanhamento da evolução da doença.
Com Agência Brasil e Portal R7
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