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Com um desfile considerado por especialistas como tecnicamente perfeito, “bossas” apresentadas pela bateria e o show da comissão de frente, a Unidos do Viradouro encerrou, nas primeiras horas desta terça-feira (21), os desfiles do Grupo Especial no Sambódromo do Rio de Janeiro.
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A escola de Niterói deixou a avenida como uma das candidatas ao título de campeã do Carnaval de 2023. Porém, não levou o Estandarte de Ouro em nenhum quesito. O tradicional prêmio, na principal categoria, a de melhor escola, foi para a Beija-Flor de Nilópolis, que desfilou antes da Viradouro.
A azul e branco teve como enredo “Brava Gente: o grito dos excluídos no bicentenário da independência”, que falou sobre o povo brasileiro e problemas atuais do país. Um destaque foi a estreia da cantora Ludimilla como puxadora do samba-enredo ao lado de Neguinho da Beija-Flor. A escola levantou o público do Sambódromo.
A vermelha e branco teve como enredo a história de Rosa Maria Egipcíaca, considerada a primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil. O livro em questão é a “Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas”. São 250 páginas onde ela descreve sua experiência sensorial de contato com Jesus Menino.
Por intermédio de Rosa, a Viradouro prestou uma homenagem às mulheres negras brasileiras.
Um resumo da sua vida – de criança escravizada que se tornou uma jovem prostituta e, depois, uma religiosa que arrebanhou uma legião de fiéis e foi acusada de bruxaria pela igreja – foi contado logo de cara, pela comissão de frente.
No início, bailarinos usavam uma capa que permitia impacto cenográfico e ajudou com que “derretessem” diante dos olhos do público. Dentre outras coisas, a coreografia simulou a “ventania” como cantado no samba, com direito a pétalas de rosas voando.
A bateria comandada por Mestre Ciça buscou conquistar o público com algumas novidades. Em vários momentos, durante refrão, os ritmistas se abaixavam. Em pé ficavam apenas os agogôs, atabaques e chocalhos.
No final do samba, na hora de cantar “Eu sou a santa que o povo aclamou”, Mestre Ciça calava a bateria para que só se ouvisse, na avenida, o canto dos componentes.
A paradinha ou apagão da bateria funcionou, sem prejudicar a harmonia da escola que desfilou compacta e com leveza.
A escola brincou mais com as cores das fantasias. Sobre isso, o carnavalesco Tarcísio Zanon falou para o A Seguir.
Com o site Carnavalesco
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