26 de dezembro

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Cine Arte UFF retorna com seu cineclube em Niterói

Por Livia Figueiredo
| aseguirniteroi@gmail.com

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“Pasajeras”, primeiro longa da fotógrafa e professora Fran Rebelatto, será exibido na próxima quarta-feira (24), às 19h
pasajeras cartaz
Cineclube tem como objetivo a discussão de obras brasileiras dirigidas por mulheres. Foto: Divulgação

Tendo como recorte o território da tríplice fronteira entre Paraguai, Argentina e Brasil, o primeiro longa de Fran Rebelatto acompanha a travessia cotidiana das mulheres chamadas “pasajeras” na divisa entre os países. Entre o regime documental, o domínio da ficção e as mitologias indígenas, o filme registra as oscilações diárias dessas vidas atravessadas por uma paisagem em movimento, construindo narrativas femininas de sacrifício e resistência.

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Esse é o tema do primeiro filme do cineclube Quase Catálogo, “Pasajeras”, a estreia da fotógrafa e professora Fran Rebellato nos cinemas. O longa será exibido na próxima quarta-feira (24), às 19h, no Cine Arte UFF. A entrada é franca. Após sua exibição, será realizado um debate. O objetivo do cineclube é a difusão e discussão de obras brasileiras dirigidas por mulheres, além de colaborar para a diversidade no campo do audiovisual.

“Pasajeras” foi realizado em 2019 e contemplado pelo edital Rumos Itaú Cultural de 2018. O longa acompanha a realidade diária de mulheres trabalhadoras e residentes da fronteira Brasil-Paraguai, em uma mescla de documentário e performance.

O projeto ‘Quase Catálogo’ é idealizado por Érica Sarmet e Nina Tedesco, com produção de Hadija Chalupe. Conta com incentivo da Prefeitura Municipal de Niterói e da Secretaria Municipal das Culturas (SMC), por meio da Chamada Pública n°08/2019.

Pasajeras, o começo de tudo

Confiança é um sentimento que precisa madurar: uma conversa, um próximo encontro, mais um, outro papo e, de pouco em pouco, cria-se um elo. Fran bem sabe disso e vem construindo, há seis anos, uma relação atenciosa com as caminhantes das fronteiras. Meses atrás, pouco antes de colocarem a câmera para rodar, as equipes, tanto da produção quanto do Rumos, fizeram juntas uma imersão: uma série de visitas a locações e espaços de trabalho e moradia das protagonistas formaram o trajeto dedicado ao conhecimento íntimo da área de divisa, dos tempos de travessia e das dinâmicas de deslocamento.

Em uma segunda etapa, produtoras e personagens compartilharam momentos pessoais, em um círculo de escuta recíproca. A reunião, realizada no Centro de Direitos Humanos, em Foz do Iguaçu (PR), estreitou ainda mais o vínculo entre as envolvidas. Já em uma terceira oportunidade, o roteiro ganhou uma leitura conjunta, chance de elaborar um texto final com as contribuições das participantes. Uma semana à frente, começariam as gravações.

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