Uma carreata por Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, marcou a “estreia”, no domingo (11), do deputado Thiago Pampolha (União Brasil) como vice do governador do Rio de Janeiro Claudio Castro (PL), na campanha em que busca a reeleição.

Na semana passada, ele foi escolhido para substituir Washington Reis (MDB) na composição da chapa após o ex-prefeito de Duque de Caxias ter sua candidatura barrada pela Justiça Eleitoral – ainda cabe recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Aos 35 anos, Pampolha está no seu terceiro mandato como deputado estadual e estava em campanha pela sua reeleição. A Zona Oeste é seu reduto eleitoral, mais precisamente, os bairros de Realengo e Bangu. Ele é nascido e criado na região onde também atua como empresário no ramo de postos de gasolina.

Pampolha ingressou na política em 2007, pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC). Já foi também dos quadros do Partido Republicano Progressista (PRP), Partido Social Democrático (PSD) e Partido Democrático Trabalhista (PDT), de onde saiu, este ano, para ingressar no União Brasil.

Quando Claudio Castro ainda era governador interino, por conta do afastamento do então governador Wilson Witzel, Pampolha assumiu a secretaria de estado de Ambiente e Sustentabilidade, sucedendo Altineu Cortes. Como deputado, ele presidia, pela segunda vez, a Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A primeira vez que assumiu um cargo no executivo foi em 2017, na gestão de Luiz Fernando Pezão, o sucessor de Sérgio Cabral. Na época, ocupou o cargo de secretário de Esporte Lazer e Juventude, até então, ocupado por Antonio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, atualmente preso.

Naquele mesmo ano, como deputado, Pampolha votara pela revogação da prisão dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, denunciados na Operação Cadeia Velha, acusados de integrar esquema criminoso que contava com a participação de agentes públicos dos poderes Executivo e do Legislativo, inclusive do Tribunal de Contas, e de grandes empresários da construção civil e do setor de transporte.

Em 2015,  foi um dos parlamentares a votar a favor da nomeação de Domingos Brazão para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, foi autor do projeto que concedeu a Medalha Tiradentes, maior honraria da Alerj, a Marco Antônio Cabral.

Pampolha já teve seu nome envolvido em  denúncias de abuso de poder econômico eleitoral, compra de votos e  investigações sobre contratação de funcionário fantasma – uma acusação que também paira sobre Claudio Castro, que “estourou” em plena campanha, sob alcunha de “caso Ceperj” e envolve pagamentos milionários a prestadores de serviços contratados pelo Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do RJ. A suspeita é que esses prestadores de serviço seriam funcionários fantasmas e que o montante dessa folha de pagamentos, na verdade, teria como finalidade financiar campanhas eleitorais.

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