Café, leite, pão e manteiga podem custar mais de R$ 40 nos mercados de Niterói

Com o preço das mercadorias nas alturas, um simples lanche como café com leite, pão e manteiga pode sair mais caro do que se imagina. Ao colocar na ponta do lápis o combo pode custar mais de R$ 40. O preço do leite tem chamado a atenção, tanto na versão caixinha como em pó. Na embalagem de tetrapak, caixinha, o preço chega passa de R$ 8,90, o litro. Já o leite em pó, por render maior número de porções, sai mais caro: uma lata de 280 g pode chegar a R$ 18. Já um pacote de café de 500 g pode sair, também, a R$ 18. Para comer, pão e manteiga, o famoso pão na chapa, para acompanhar a média (café com leite). Um pacote de pão tem custado, na promoção, R$ 5,50, e o tablete de manteiga, de marca popular, sai a R$ 11. O total daria R$ 43,50.

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Não cabe muita coisa no carrinho para 23 milhões de brasileiros que ficaram abaixo da linha da pobreza nas últimas pesquisas do IBGE. O A Seguir: Niterói mostrou em reportagem publicada no final de junho que uma pesquisa feita pela PUC do Rio Grande do Sul revelou que 25% dos moradores de cidades das regiões metropolitanas, condição de Niterói, vivem com 1/4 do salário mínimo, hoje, cerca de R$ 303.

O preço nas prateleiras aumenta porque produzir está cada vez mais caro. Para se ter uma ideia, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulado de 12 meses, bateu dois dígitos: 11,73%. O dado é de maio de 2022. O valor de junho ainda não foi divulgado. Mas alguns itens, mesmo os da cesta básica, subiram bem mais, como é o caso do leite, da manteiga, do pão e do café. O quilo do açúcar também está caro: R$ 4,99 e a banana prata também não saiu ilesa: R$ 7,90 o quilo.

Se quiser incrementar o café da manhã com queijo, por exemplo, não se iluda, também paga-se caro. Um pacote de 500g de queijo prato pode sair a R$ 30. A mesma porção de mussarela sai ainda mais caro: R$ 35. Uma simples conta que coloca o Brasil no quadro de insegurança alimentar.

Brasil tem um dos piores índices de concentração de renda do mundo

De acordo com um estudo feito pela Casa Fluminense – instituto que constrói coletivamente políticas e ações públicas para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com foco na redução das desigualdades e no desenvolvimento sustentável -, o Brasil tem a segunda maior concentração de renda no mundo. Menos de 3% das famílias brasileiras concentram 20% de toda a renda do país. O estudo analisou o Mapa da Desigualdade 2020, que teve como base o relatório de desenvolvimento humano da ONU 2019.

No último trimestre de 2021, a taxa de desocupação (desemprego) no Estado do Rio de Janeiro atingiu 14,2%, enquanto no país foi de 11,1%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD), do IBGE. Como propostas para a justiça econômica, a Casa Fluminense aponta para algumas medidas, como aumentar a efetividade e a cobertura das políticas de transferência de renda, reduzir as tarifas do transporte público, promover o desenvolvimento de centralidades urbanas, apoiar pequenos e médios negócios e fortalecer a economia solidária, aprimorar políticas tributárias e sistemas de arrecadação, aumentar a transparência da administração pública, entre outros.