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O crescimento recente na curva nacional de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) concentra-se fundamentalmente no público infantil, de 0 a 11 anos. É o que aponta o novo Boletim InfoGripe Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (13).
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O estudo mostra que, provavelmente, esse dado está associado ao vírus influenza ou intercorrências respiratórias em função do início da primavera. O boletim, referente à Semana Epidemiológica (SE) 40, período de 2 a 8 de outubro, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep-Gripe) até o dia 10 de outubro.
Ainda de acordo com o boletim, o vírus da influenza A vem apresentando aumento em alguns estados do país, como Bahia, Goiás e Minas Gerais, com destaque especial para São Paulo e Distrito Federal – que registram o maior volume absoluto de positivos para esse vírus nas últimas semanas. Entre os casos de influenza subtipados, observa-se o predomínio do influenza A H3N2, assim como no surto epidêmico de novembro e dezembro de 2021.
De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, essa recente tendência de aumento de influenza em São Paulo e no Distrito Federal serve de alerta em decorrência da importância de ambos no fluxo interestadual de passageiros, especialmente para os grandes centros urbanos através da malha aérea nacional.
Apesar da manutenção de queda, os dados seguem apontando para o amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 25,4% para influenza A; 0,8% para influenza B; 13,0% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 34,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 12,9% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,0% para VSR; e 82,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
No cenário nacional, o boletim indica queda na incidência de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e crescimento moderado na de curto prazo (últimas três semanas). A curva nacional segue apontando para o patamar mais baixo desde o início da epidemia de Covid-19 no Brasil.
Das 27 unidades federativas, sete apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até a SE 40: Acre, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Sergipe e São Paulo. Na maioria desses estados, o aumento se concentra fundamentalmente entre crianças e adolescentes.
No Rio de Janeiro, também se observa uma ligeira tendência de aumento em algumas faixas da população a partir de 60 anos, embora incipiente e ainda compatível com cenário de oscilação nesse grupo.
Dez das 27 capitais apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até o mesmo período: Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e São Paulo (SP). Nas demais capitais, o sinal é de queda ou estabilidade na tendência de longo prazo, e de estabilidade nas semanas recentes (curto prazo).
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