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A nova rica São Gonçalo cortejada pelos candidatos ao governo do Rio

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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Os três candidatos na liderança das pesquisas já estiveram lá. Dois deles, esta semana, com dois dias de diferença.
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São Gonçalo é o segundo maior colégio eleitoral do estado do Rio de Janeiro. Foto: reprodução rede social Prefeitura São Gonçalo

Segundo maior colégio eleitoral do estado do Rio de Janeiro e o mais novo município a entrar para o clube dos que recebem uma vultuosa bolada de royalties do petróleo, São Gonçalo já foi palco de campanha dos três candidatos em melhores posições nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado do Rio de Janeiro. Dois deles estiveram lá, esta semana. O governador Claudio Castro, o deputado Marcelo Freixo e o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves já fizeram promessas aos moradores do município, entre elas, a linha 3 do Metrô.

Leia mais: Pesquisa Ipec indica Castro com 37% e Freixo com 22% na disputa pelo governo do Rio

O primeiro a visitar o município vizinho foi Cláudio Castro (PL), no final do mês passado, logo após a cidade “enricar”. O atual governador prometeu, se reeleito, investir em infraestrutura de mobilidade com a construção de viadutos e avenidas. Disse também que iria abrir mais unidades de atendimento de saúde no município e ampliar o programa Segurança Presente.

Na época, ele declarou:

– Com certeza vai ser uma das cidades que vai mais crescer no Rio de Janeiro daqui para frente, até porque, é a segunda cidade com mais gente e merece que o povo de São Gonçalo tenha uma vida melhor.

Até 2021, a população do município era estimada em cerca de 1,1 milhão de habitantes, sendo o segundo município mais populoso do estado, atrás apenas da capital Rio de Janeiro – e o maior do Leste Fluminense.

Nesse grupo, até bem pouco tempo, São Gonçalo era uma espécie de primo pobre. Agora, porém, se tornou um novo rico. A mudança de status financeiro aconteceu no dia 19 de agosto.

Nessa data, o município recebeu R$ 220 milhões em função do desfecho de uma longa disputa judicial que o incluiu no clube dos municípios produtores de petróleo, ao lado de cidades como Rio, Niterói e Maricá. Ou seja, beneficiários dos royalties do petróleo e das cotas de participação na exploração do pré-sal da Bacia de Campos.

A sentença da 21ª Vara Federal Cível beneficiou também os municípios de Guapimirim e Magé. No caso de São Gonçalo, o município projeta a entrada de R$ 1 bilhão por ano a mais no caixa – um valor que representa um aumento de 66% no orçamento, que foi de R$ 1,45 bilhão, em 2022.

Uma semana após o município conquistar os direitos a uma fatia mais gorda dos royalties do petróleo, Castro foi lá fazer campanha. Ele optou por caminhar pelo calçadão do distrito de Alcântara, um dos principais polos comerciais da região.

O segundo candidato a visitar São Gonçalo foi o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, no último dia 5. Ele se concentrou no bairro central do Rodo, quando prometeu, se eleito, criar frentes de trabalho para “criar emprego e renda e levar água e esgoto tratado para todos os bairros” da cidade“.

Abordou também questões relacionadas com a segurança. A solução que naquele momento apresentou para a área foi “investir em inteligência e em programas sociais para a juventude”. Afirmou ainda que iria “retirar todas as barricadas colocadas por bandidos”, em ruas da cidade.

Neves voltou a prometer a construção da linha 3 do Metrô:

– Vamos tirar a linha 3 do Metrô do papel para levar transporte público; investir em inteligência e trazer mais policiamento e programas sociais para a juventude. Vou fazer, em São Gonçalo, o que eu fiz em Niterói: levar qualidade de vida aos moradores.

Leia também: Metrô para Niterói é a maior (e mais cara) promessa da campanha no Rio

Dois dias depois, no feriado de 7 de setembro, foi a vez de Marcelo Freixo visitar o município. Ele escolheu ir ao bairro de Santa Luzia. A localidade é tida como uma das três com maiores “barricadas” do tráfico de drogas da cidade – as outras são Jardim Catarina e Galo Branco.

A agenda do candidato foi uma visita à cozinha comunitária do bairro, que oferece refeições gratuitamente. Na ocasião, disse que, se eleito, fechará parcerias com espaços desse tipo. Também prometeu aumentar a quantidade de restaurantes populares em todo o Rio de Janeiro, além de elevar o salário mínimo regional para R$ 1.585, para que aumente “a capacidade do povo de comprar comida”:

–  São 200 anos de independência do Brasil. A gente não pode em um lugar como o Rio de Janeiro conviver com a fome. Estamos em uma cozinha comunitária que não recebe qualquer ajuda do governo. A gente vai abrir novos restaurantes populares, hoje só tem cinco abertos e oito estão fechados. Muita gente não consegue chegar no restaurante popular porque não tem dinheiro da passagem e precisa de uma cozinha comunitária como essa mais perto da sua casa.

 

 

 

 

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