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Circo Voador, no Rio, e roda de samba, em Niterói, foram cenários de movimentação de campanha, nesta semana, dos três candidatos em melhores posições nas pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado do Rio de Janeiro.
Dentre eles, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) foi o que promoveu o maior evento. Na quarta-feira (21), artistas e produtores culturais se reuniram no Circo Voador, na Lapa, em ato de apoio a sua candidatura.
Gilberto Gil e Juca Ferreira, ex-ministros da Cultura nos governos Lula, foram alguns dos participantes, ao lado de Caetano Veloso, Malu Mader, Fernanda Abreu, Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Camila Pitanga, Antonio Pitanga, Leandra Leal, Sandra de Sá, Juliana Alves, Tony Bellotto, dentre outros.
Freixo falou sobre a importância do investimento no setor cultural como forma de desenvolvimento e geração de empregos, no Rio. No seu programa de governo, que tem 100 páginas, ele informa que a Economia Criativa, no Brasil, foi responsável pela abertura de 25,5 mil postos de trabalho, entre 2015 e 2017, período no qual o mercado de trabalho apresentou queda de 3,7% em todo o país. Atualmente, de acordo com o candidato, o setor emprega 7,4 milhões de pessoas.
Dentre as propostas de Freixo para o setor que constam no seu programa de governo estão a instituição de um Plano Estadual de Incentivo à Economia Criativa e de uma política permanente de apoio e incentivo ao Carnaval; a criação do Programa Permanente de Incentivo e Apoio ao Audiovisual do Estado; além da elevação do percentual de investimentos públicos em Cultura até os patamares de 1,5% das receitas estaduais.
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O governador Cláudio Castro (PL) esteve no Circo Voador no dia anterior. Na terça-feira (20), sua campanha promoveu uma roda de conversa com um grupo de jovens. Durante o encontro, o candidato à reeleição prometeu ampliar programas sociais como os Centros de Referência da Juventude (CRJs), que oferecem cursos de qualificação, reforço escolar e atividades esportivas e culturais.
Em seu discurso, o candidato afirmou que sua gestão “tem cuidado da juventude fluminense de forma multidisciplinar, de modo a prepará-la para diferentes desafios e oferecendo perspectivas para uma vida melhor”.
A roda de conversa foi mediada pelo coordenador da ONG AfroReggae, William Reis, e contou com apresentações musicais de passinho e Rap de jovens de diferentes localidades do Rio de Janeiro.
No seu programa de governo, de 37 páginas, no que chama de “Pacto RJ” – pacote de medidas que objetivam destravar a economia fluminense – Castro cita, dentre as ações previstas, apenas uma na área da Cultura: a conclusão do Museu da Imagem e do Som (MIS).
Como meta em uma eventual gestão, no setor cultural, promete promover uma “universalização da Cultura em todo estado, garantindo oportunidade para o artista fluminense, principalmente voltada a sua formação”. Diz ainda que fará uma divulgação e ampliação do Calendário Cultural RJ, durante o ano inteiro, “permitindo, a interiorização do Turismo, através da ampliação do Programa Turismo Presente”.
No domingo (18), o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), percorreu, em carreata, a Zona Norte do município. Ele passou pelos bairros do Barreto, Engenhoca, Fonseca, Bumba, Caramujo, Sapê e Largo da Batalha.
Em seguida, visitou duas tradicionais rodas de samba da cidade: Candongueiro, em Rio do Ouro; e Quinta do Parque, no bairro Maceió, onde conversou sobre a importância de ampliar o investimento em Cultura:
– O estado do Rio de Janeiro terá o governador da Cultura a partir de janeiro de 2023, pois somos referência do pensamento cultural no Brasil e não podemos viver este vazio de investimentos em um setor tão importante. Vamos triplicar o orçamento da Cultura no primeiro ano de governo e vamos fazer um Plano de Cultura Participativo, que envolva todos os segmentos, toda a pluralidade da Cultura do Rio de Janeiro – prometeu Neves.
No seu plano de governo – que tem um total de cinco páginas – para o setor, ele afirma que é preciso resgatar a importância do estado do Rio de janeiro “no contexto nacional e internacional como o estado que traduz o Brasil para o exterior, que conquistou a empatia de todos por suas belezas naturais, pelo povo trabalhador e receptivo, e pelos grandes nomes da música, esporte e cultura que lançou ao mundo”. Ele afirma que irá “potencializar os efeitos econômicos da indústria do audiovisual, e fortalecer o ecossistema cultural e criativo”.
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O atual governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro, em agenda de campanha, promoveu uma reunião com prefeitos de municípios do Estado. Do evento, realizado na quarta-feira (21), em um clube na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, participaram 63 gestores de cidades fluminenses – o Rio de Janeiro tem 92 municípios.
De acordo com informe da campanha de Castro, os prefeitos “assumiram o compromisso de serem multiplicadores das propostas” do candidato à reeleição, nessa reta final de campanha.
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Esta semana, as agendas de Freixo e Neves voltaram a percorrer trilhos semelhantes. Os dois disputaram a atenção dos usuários da Supervia, com 24h de diferença.
Na quarta-feira (21), Freixo foi na estação de trem da Penha, na Zona Norte do Rio, conversar com os passageiros sobre propostas para melhorar o transporte público. Na ocasião, prometeu reduzir o valor do Bilhete Único de R$ 8,55 para R$ 7 e reformar as estações “para dar mais conforto aos passageiros e transformá-las em polos comerciais para gerar emprego e renda”.
No dia seguinte, foi a vez de Neves conversar com usuários dos trens. Ele optou por visitar a estação de Campo Grande, na Zona Oeste. Ele prometeu retomar os trens expressos nos ramais de Santa Cruz e Japeri em todos os horários; construir banheiros nas estações e melhorar as plataformas com acessibilidade para idosos e pessoas com deficiência.
O candidato do PDT levantou a possibilidade de vir a encampar a Supervia, ou seja, retomar temporariamente a concessão para a gestão direta do Estado, com a finalidade de garantir melhorias no serviço.
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