14 de dezembro

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Lupulinário

Por Sônia Apolinário

Sônia Apolinário é jornalista tendo trabalhado nos principais jornais do país, sempre na área de Cultura. Também beer sommelière, quando o assunto é cerveja e afins, ela se transforma na Lupulinário.
Publicado

Rosas? Prefiro tulipas!

tulipa de chope corte

Dia das mães chegando, então, Lupulinário vai dar algumas dicas de presentes para quem tem mãe cervejeira. Tem sugestões de alguns rótulos, mas também outras coisinhas.

Livros

Para mães cervejeiras com sede de conhecimento, nada como bons livros.

A História das Cervejas Britânicas (Martyn Cornell, 2022. Editora Krater  – Preço médio: R$80,00). Mais recente lançamento nesse segmento. A obra permite embarcar em uma viagem pelas origens e evolução das cervejas que são apreciadas há séculos nas Ilhas Britânicas: das Bitters às Barley Wines, das Milds às Stouts, passando por variedades menos conhecidas como Stingo, Heather Ale e Mum. Baseado em centenas de documentos históricos, este livro celebra as raízes e o desenvolvimento das cervejas britânicas – tanto as que se perderam no tempo como as que preenchem os pints até hoje com tons dourados, âmbares e pretos.

A História da Europa em 24 Cervejas (Mika Rissanen e Juha Tahvanainen, 2020. Editora Letramento  – Preço médio: R$ 50,00). Como a cerveja mudou a História? Essa é uma das perguntas que o livro busca responder. A obra mostra o papel decisivo da cerveja no curso da história e como a bebida é um fator central para muitas culturas. A cerveja já inspirou diversos artistas e até uniu exércitos em um cessar-fogo no meio de uma guerra mundial. Por que Pedro ‘o Grande’ ordenou aos russos que bebessem cerveja e não vodka? Da antiga Mesopotâmia à disseminação do cristianismo; da revolução de veludo da Tchecoslováquia à crise financeira de 2008, o livro permite acompanhar a história do mundo vista através de um copo de cerveja.

Filosofia de botequim: 48 questões filosóficas para acompanhar sua cerveja (Matt Lawrence, 2012. Editora Alaúde – Preço médio: R$ 50,00). Todo mundo é um pouco filósofo de botequim. Divagações sobre a vida sempre ficam mais interessantes quando acompanhadas por uma boa cerveja. Então por que não conhecer um pouco mais sobre as duas coisas? Foi com essa ideia na cabeça que o professor de filosofia Matt Lawrence escreveu “Filosofia de botequim”, livro que junta de forma bem-humorada paradoxos essenciais ao gosto pela bebida. Para cada problema filosófico – são 48 ao todo – é recomendada uma cerveja, entre variedades claras e escuras do mundo inteiro. O conceito divertido embute um papo sério. Você será estimulado a degustar com vagar e atenção cervejas excepcionais, ao mesmo tempo em que aprofundará seu conhecimento de questões filosóficas fundamentais, propostas pelos grandes pensadores da história. Temas que são verdadeiros enigmas, como livre-arbítrio, natureza humana e existência divina, rendem ébrias e produtivas reflexões, para quem é, ou pretende ser, um autêntico filósofo de botequim. Ao final, um saboroso anexo com 12 cervejas brasileiras especiais, para você, quem sabe, discutir se Deus é mesmo brasileiro.

 

Copos

 

Se além de cervejeira sua mãe ama gatos, ela vai adorar os copos da W-Kattz. Tem de vários modelos com média de preço de R$ 30,00. A marca oferece kits que incluem ecobags e rótulos em garrafas long neck com preços que variam entre R$ 60,00 e R$ 80,00. Pedidos pelo WhatsApp (21) 99213-6016

 

Camisa

 

Essa dica é para mães cervejeiras e roqueiras. A camisa Massacre  reproduz a logomarca de uma icônica cerveja da Dead Dog. O rótulo foi feito para comemorar os  30 anos do primeiro disco da banda de heavy metal Taurus, banda essa que foi lançada no programa “Guitarras” da Rádio Fluminense FM,  “maldita”. Massacre é o nome de uma das faixas do álbum “Signo de Taurus” (1986) e uma das preferidas de Sandro Gomes, o cervejeiro e dono da marca. No desenho da camisa, os anéis exibem a logomarca da cervejaria, o  símbolo de Taurus e uma referência aos 30 anos do álbum. A Massacre cerveja é uma India Black Ale com 8% de teor alcoólico e 87 de teor de amargor. Um kit formado por camisa e growler pet de 1 litro da cerveja sai por R$ 70,00. Só o growler de vidro (vazio) sai por por R$ 50,00. A camisa você só encontra no “covil”, o taproom da Dead Dog que fica na Vila Cervejeira: Rua Heitor Carrilho, 250, no Centro. Já os growlers, você consegue também por delivery acessando o “site sinistro”, como Sandrão gosta de chamar.

 

Sabonetes e velas

A Cacau Flor Aromas tem sabonetes e velas que deixam no ar um aroma que remete à cerveja graças a combinações de essências com aroma da bebida. Todos os produtos são feitos de maneira artesanal. Em breve, cerveja de verdade passará a ser um dos ingredientes para a produção dos sabonetes. Os preços variam de R$ 20,00 a R$ 90,00. Pedidos pelo whatsapp: (21) 98898-0834

 

Rótulos

Minha seleção para o Dias das Mães é formada pelos rótulos Às Mulheres (Masterpiece, lata de 350 ml – 6 unidades: R$ 99,90), Biota da Flor de Lírio (Zalaz, garrafa 375ml – R$ 52,00, no Fina Cerva) e Eu Borbulho (Morada Cia Etílica, garrafa 750 ml – R$ 100,00, no e-commerce do beer sommelier Gil Lebre).

Às Mulheres, inicialmente, era para ser um rótulo sazonal, criado para comemorar o Mês das Mulheres, em março passado. A bebida é resultado de uma produção 100% feminina promovida pela Ball e cervejarias Masterpiece e Máfia – desde a levedura até o envase na lata, com receita exclusiva no estilo Saison desenvolvida pela mestre cervejeira Ingrid Matos. Com 8% de teor alcoólico e 25 de teor de amargor, o rótulo, agora, faz parte do portfólio da Masterpiece.

Também no estilo Saison, a Zalaz Biota da Flor de Lírio tem  5,9% de teor alcoólico. Da Biota das perfumadas flores de lírio surge essa cerveja. Uma clássica farmhouse, rústica, que foi fermentada com os microorgsnismos do habitat da fazenda onde fica a cervejaria, em Paraisópolis (MG). Produzida em junho/21 e refermentada na garrafa. Também conhecida como gengibre-branco e lírio-branco, o lírio do brejo tem uma flor perfumada parecida com jasmin.  A Zalaz só produz cerveja com o que encontra na sua fazenda.

A Eu Borbulho é uma linha de espumantes. Entrou nessa lista porque seus dois rótulos foram feitos por uma cervejaria de Curitiba (Paraná) premiada e eu achei o máximo. Quem dá as informações é o próprio Gil Lebre. O sommelier de cervejas niteroiense ganhou o campeonato de Melhor Sommelier do Brasil em 2015. Gil atua como jurado em concursos, promove eventos de harmonização e degustação guiada, inclusive em plataformas online:

“A Morada Cia Etílica, produtora “cigana” de bebidas artesanais, enveredou no universo dos vinhos e criou seu primeiro espumante, o Eu Borbulho. Dois, na verdade, um branco (Chardonnay, 10,8% de teor alcoólico) e um rosè (Merlot, 13%), que surgiram em 2019 já à frente de seu tempo, prevendo a tendência atual pela retomada da vinificação natural desses fermentados.  Seguem o método ancestral de fermentação única, com as leveduras nativas das cascas das uvas. Possuem mínima intervenção, não recebem conservantes ou estabilizantes químicos, e não são filtrados. Particularmente, achei um estouro!” Contato via Instagram:  @gillebre 

O espumante Eu Borbulho Branco foi escolhido o melhor exemplar nacional na categoria Espumante Orgânicos/Naturais/Biodinâmicos da 9ª Grande Prova Vinhos do Brasil 2020.

 

No mais, pode parecer clichê, mas o que uma mãe quer, mesmo, é ter seus filhos presentes. Com presente ou não. Palavra de mãe cervejeira.

Saúde!

 

 

 

 

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