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Lupulinário

Por Sônia Apolinário

Sônia Apolinário é jornalista tendo trabalhado nos principais jornais do país, sempre na área de Cultura. Também beer sommelière, quando o assunto é cerveja e afins, ela se transforma na Lupulinário.
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Onde pedir régua de degustação de cerveja em Niterói

Foto: Fina Cerva

Em um bar especializado em cerveja artesanal, uma boa opção para experimentar um maior número de cervejas, sem abusar da quantidade, e perceber com mais atenção as diferenças entre elas é pedir a régua de degustação.  Em Niterói, vários deles oferecem essa opção.

Cada lugar tem seu “esquema” para a régua, mas os copos terão sempre a mesma quantidade: 100 ml, cada. Seja qual for a regra da casa, outra coisa deverá ser sempre igual também: a ordem da degustação será organizada de forma que as mais leves e menos complexas sejam bebidas primeiro para que uma cerveja não “mate” a outra. Pedir sugestão para montar sua régua é sempre uma ótima pedida.

 

Armazém São Jorge (Rua Dr Leandro Motta, 8, Jardim Icaraí)

Foto: Armazém São Jorge

A régua é formada com cinco copos. Com os estilos clássicos, sai a R$ 29,90; com cervejas mais especiais, R$ 36,90.

“Essa é uma boa opção para quem quer experimentar diferentes estilos”, comenta Rogério Silva, sócio do bar que tem 20 torneiras com chopes artesanais.

Nesse caso, um “guia” para a escolha dos rótulos para a régua pode ser o teor alcoólico ou o teor de amargor. Nos dois casos, devem ser degustados do menor para o maior.

Escolher diferentes rótulos de um mesmo estilo ou de uma mesma escola cervejeira também é uma boa experiência para identificar as diferenças entre eles.

 

Fina Cerva (Avenida Sete de Setembro 193, Loja 103, Jardim Icaraí)

No Fina, a régua de degustação é formada com quatro copos. Lá, além de montá-la livremente dentre as 12 opções de chope oferecidas (o preço será o somatório do valor cobrado por 100 ml de cada marca), o bar tem, no momento, duas propostas de régua de degustação: com cervejas da marca nacional Bodebrown (R$ 30) e com a belga Oud Beersel (R$ 110).

Régua Bodebrown. A Saison de Curitiba é a primeira à direita. Foto: Fina Cerva

No bar, é comum a realização de pequenos festivais com vários rótulos de uma mesma marca, se revezando por um determinado período. É o que está rolando, em fevereiro, com a Bodebrown, de Curitiba (PR). Neste momento, a régua do “Bode” pode ser feita com a Farmhouse Ale Saison de Curitiba (6.1% ABV, 29 IBU),  a Festbier Beer Train Black Vanilla (5.2% ABV , 45 IBU) e as American IPAs  Lúpulo Mosaic (5.2% ABV, 45 IBU) e Cacau Ipa (6.1% ABV , 74 IBU) – uma ordem crescente de teor de amargor.

A régua belga é uma oportunidade para degustar Lambics, que são cervejas wild de trigo. O estilo é considerado o mais antigo de todos por ser de fermentação espontânea. Faz parte do grupo de Sours belgas, ou seja, trata-se de uma bebida ácida.

A Oud Beersel é uma das cervejarias de lambic mais tradicionais da Bélgica, tendo sido fundada em 1882. De origem familiar, diferentes gerações dos Vandervelden tocaram o negócio até 2002, quando as atividades foram interrompidas por problemas financeiros. Três anos depois, a cervejaria voltou à cena graças a dois jovens empresários que acrescentaram algumas novidades no portfólio.

Uma delas são as lambics infusionadas, como as que podem ser degustadas no Fina Cerva, na seguinte ordem: Winterlambiek Oud Beersel (com botões de pinho, 7.2 % ABV), Orange Blossom Infused Lambic (com flor de laranjeira, 6.8%),  Kriekenlambiek Oud Beersel (com cereja, 7.5% ) e Oude Vieux Lambiek (tradicional, única não infusionada, com 6%).

“Aqui, buscamos uma ordem crescente de complexidade. Todas têm mais ou menos a mesma base. A Winter é a mais leve em termos de acidez. É a mais jovem de todas e o pinho trouxe notas terrosas para a cerveja. A Orange Blossom tem caráter floral e frutado e a Krieken tem a acidez realçada pela cereja. A Oude é a mais antiga e complexa, com mais caráter trazido pela (levedura) Brettanomyces”, explica o beer sommelier e mestre em estilos Marcio Melo, sócio do Fina Cerva.

 

Masterpiece (bar da fábrica: Rua Ary Gomes da Silva, 43, no Cafubá).

Foto: Masterpiece

 

Tanto no bar da fábrica, quanto em vários dos bares da marca, a régua de degustação é formada com cinco copos. No bar da fábrica, são 22 torneiras de chope e a régua pode ser montada com qualquer um deles. Será cobrado o somatório do valor referente a 100 ml de cada.

“A régua é muito pedida por pessoas que estão conhecendo a cervejaria e querem experimentar diferentes estilos. Em muitos casos, é usada para escolher a cerveja que será consumida ao longo da noite”, informa Gael Andrade, beer sommelier e gerente do bar da fábrica, ou seja, nome certo para ser consultado por quem quiser dicas e orientações para montar sua degustação na Masterpiece.

 

Noizinho (Biergarten Jardim Icaraí: Rua Ministro Otávio Kelly 174)

Em todos os estabelecimentos Noi é possível encontrar a régua de degustação, que é formada por sete copos. Sai por R$ 30, sem a inclusão dos rótulos  Fiorella (American IPA) e Amara (Double IPA). Com eles, o valor da régua passa para R$ 35. O Noiziho, como é chamado o espaço da cervejaria no polo do Jardim Icaraí, tem 13 torneiras.

“Normalmente, as réguas são pedidas por pessoas que ainda não conhecem nossa carta de cervejas e querem descobrir as características de cada uma. Estamos sempre disponíveis para falar sobre cada cerveja servida, passar suas características e curiosidades, além de explicar sobre o processo de fabricação, ingredientes e todo tipo de informação que o cliente precisar para ter a melhor experiência possível”, afirma Rapunza.

Ele atende no Noizinho e a dica é pedir muitas informações para ele que é cervejeiro caseiro desde 2014, além do atual presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais de Niterói e São Gonçalo (ACervA Niterói/SG).

Foto: Noi

 

BrewLab (Vila Cervejeira – Rua Professor Heitor Carrilho, 250, Centro)

A régua é formada com cinco copos e sai a R$ 35. De acordo com Guilherme Rebelo, cervejeiro e sócio da marca, a régua tem sido uma opção para quem quer provar vários estilos “sem gastar muito ou ficar bêbado”:

“Muitos usam para saber qual cerveja gosta mais para poder pedir depois com mais segurança”, comenta.

O taproom da marca tem seis torneiras.

 

Leia mais: Dê uma chance para a Witbier e corra o risco de se apaixonar por cerveja artesanal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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