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Lupulinário

Por Sônia Apolinário

Sônia Apolinário é jornalista tendo trabalhado nos principais jornais do país, sempre na área de Cultura. Também beer sommelière, quando o assunto é cerveja e afins, ela se transforma na Lupulinário.
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Lançamentos na Vila Cervejeira

lançamentos vila cervejeira 1

Na Vila Cervejeira, em Niterói, o novo ano começou com lançamentos. Na Matisse, a novidade é a Maruhy Ice, com “singelos” 14% de teor alcoólico. Já a Dead Dog coloca na torneira do Covil, como o taproom da marca é carinhosamente chamado, a Cãolifornia, uma California Common de 4.7% de teor alcoólico.

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Cerveja ICE

Foto: Sônia Apolinário

A novidade da Matisse é feita a partir de um processo controlado de congelamento da cerveja. Depois da bebida pronta, o cervejeiro define a quantidade que quer congelar. Essa parte ficará retida no barril e o restante é o que seguirá para consumo.

– O nível de congelamento é o pulo do gato. Como o álcool não congela, só a água da cerveja, isso faz com que o corpo da bebida fique mais denso e o teor alcoólico aumente – explica Mário Jorge, sócio da marca.

Para essa primeira experiência ICE, a marca usou sua Stout, a Maruhy, feita com nibs de cacau e canela (6,7% de teor alcoólico e 51 IBU). Com o processo de congelamento, a cerveja ganhou mais cremosidade, o que fez com que os sabores de chocolate e café (proveniente do malte torrado) ganhasse mais proeminência e o teor alcoólico pulasse para 14%.

É difícil, porém, perceber que essa cerveja tem um teor alcoólico tão elevado. Assim, o serviço do rótulo é em uma taça de apenas 150 ml, seguido de muitos avisos do pessoal da cervejaria.

No Mondial de la Bière, festival cervejeiro realizado em dezembro passado, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, o rótulo mais alcoólico de todo o evento foi uma Ice, da paranaense Bodebrown. A marca de Curitiba levou duas do tipo: Double Perigosa (Ice Distillation), com 25% de teor alcoólico e Tripel Monforte Ice (Double Tripel Ice Distillation), de 18%.

Na época do evento, Samuel Cavalcanti, cervejeiro da Bodebrown, falou para Lupulinário que cerveja de 25% estava longe de ser o limite:

– Ano que vem (2023) posso fazer uma de 34%, sei lá.

Cãolifornia

Foto: Fernanda Esteves

O rótulo (4.7% de teor alcoólico e 40 IBU) é uma California Common, estilo clássico da Costa Oeste Americana, que harmoniza muito bem com os dias quentes de verão. Possui notas de malte tostado e caramelo sem, porém, esquecer do lúpulo.

– É uma cerveja que ninguém esperava, que ninguém pediu, mas que a gente fez assim mesmo – brinca Sandro Gomes, cervejeiro da marca.

A Cãolifornia será lançada na sexta-feira (13) simultaneamente em Niterói  (no Covil) e no Rio de Janeiro. Do outro lado da Baía de Guanabara, a marca niteroiense poderá ser encontrada no Pavão Convida, o bar com cervejas artesanais do tradicional boteco Pavão Azul.

Além do lançamento, outros três rótulos da Dead Dog estarão plugados nas torneiras da casa: Sem Vergonha (Bitter, 4,5%, 37 IBU), Massacre (India Black Ale, 8%,87 IBU) e Surfer Dog (Rya IPA, 7%, 60 IBU). O Pavão Convida fica na rua Barata Ribeiro, 355 , em Copacabana.

50 rótulos

O ano de 2023 começa com menos dois espaços em funcionamento, na Vila. A marca cigana Mosaico Brewing não está mais no mercado e o bar Oca do Araribóia fechou as portas. A Fractal vai aproveitar a oportunidade e se mudar dos fundos para frente. O espaço da W-Kattz segue em obras.

Além da Matisse, Dead Dog e Fractal, seguem por lá a BrewLab e a Bitta Bier. Juntas, as marcas oferecem cerca de 50 rótulos diferentes, além de opções gastronômicas diversas.

No sábado (14), dois shows estão programados: a banda Los Coyotes Cabreros, com repertório de rock n’ roll, e a Old City que também toca rock, mas se concentra na década de 1990,

A Vila Cervejeira abre às 15h. Tem pula-pula para crianças e é pet friendly. A entrada é franca: Rua Heitor Carrilho, 250, no Centro de Niterói

 

 

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