Com quatro dias, ao invés de cinco, a edição 2024 do Mondial de là Biere será realizada de 10 a 13 de outubro, no Pier Mauá, zona portuária carioca. Até o momento, no site do evento, constam a participação de cerca de 50 cervejarias – número que pode aumentar em função de estandes coletivos como o da Rota Cervejeira RJ e novas adesões pelo caminho. A organização fala em 120 marcas.
A “perda” de um dia, segundo a organização do festival cervejeiro, não tem relação com possível dificuldade de atrair público para o evento. Em entrevista para Lupulinário, o gerente de negócios do Mondial de la Bière, Gabriel Pulcino, informou que o problema em questão foi meramente operacional.
Até o momento, as redes sociais do festival indicam a presença de três cervejarias gringas tradicionais, todas belgas: Huyghe (que produz os rótulos Delirium), Halve Maan (que produz os rótulos Brugse Zot e Straffe Hendrik) e Chimay, que já “circularam” em edições anteriores do evento.
Este ano, o Mondial contará com oito marcas de Niterói: Arkan e Kranz, Belgarioca, Fractal, Maldita, Malteca, Masterpiece, Matisse e Noi. Aqui, vale observar que a Máfia, que costuma participar de eventos sempre ao lado da Masterpiece, por fazerem parte de um mesmo grupo, não estará no festival, este ano.
Confira a entrevista:
Por que o festival este ano terá 4 dias ao invés de 5 como sempre foi?
Gabriel Pulcino: Uma questão operacional de disponibilidade de datas dos Armazéns do Píer Mauá e das cervejarias.
O evento terá novidades este ano. Se sim, quais?
GP: Sim, teremos novidades. Vamos divulgar em breve todas as cervejarias participantes, gastronomia e atrações musicais.
Várias marcas do Rio de Janeiro estão desaparecendo do mercado, inclusive marcas que tiveram projeção a partir do Mondial de la Biere. Como avaliam o momento atual do mercado de cerveja artesanal do Rio?
GP: O mercado das cervejarias artesanais está em constante crescimento e o Mondial de la Bière é um evento que funciona como veículo de formação, divulgação, vitrine e consolidação das marcas no mercado.
Niterói participa com setes marcas. Como avaliam o movimento cervejeiro do município?
GP: O Mondial de la Bière é uma vitrine para o universo cervejeiro, e nos alegra o crescente interesse das cervejarias em participar do festival. A nossa vontade é, cada vez mais, impulsionar essas cervejarias e seus produtos para que sejam conhecidos, se consolidem e amplifiquem suas vendas, atestando o compromisso do Mondial de promover os produtores artesanais de cerveja do Brasil.
Há várias edições, as atrações musicais estão sendo mais usadas como chamariz para o público do que as próprias cervejas. Como avaliam isso?
GP: Nós somos o maior festival de cervejas artesanais e entretenimento da América Latina, portanto ter a música também como chamariz é essencial para reforçar essa reputação.
O meio cervejeiro reclama sempre da mesma coisa em relação ao festival: presença cada vez maior dos rótulos das grandes cervejarias. Como avaliam isso?
GP: Os grandes rótulos estão presentes assim como os menores, damos oportunidade para todos de igual maneira. Nossa missão é sempre levar os melhores produtos aos nossos visitantes.
Como está a participação este ano de marcas artesanais de grandes cervejarias?
GP: Serão cerca de 120 cervejarias com 1500 rótulos nesta edição, incluindo grandes nomes como Noi, Hocus Pocus, Delirium, Bodebrown, Brewteco, Odin, apenas para citar algumas.
Qual o maior desafio para a realização do festival em 2024?
GP: O desafio de todo festival é sempre conciliar a melhor data, com a melhor oferta de produtos, – no nosso caso, de cervejarias – aliada a uma programação de peso para agradar os visitantes. Com o Mondial de la Bière, não é diferente.
Existe alguma possibilidade da versão paulista voltar a ser realizada?
GP: Estamos tralhando para que ela volte a acontecer em breve. É uma demanda não apenas do público paulista, mas também das cervejarias da Cidade e do Estado de São Paulo que gostaram de participar do evento em casa.
Em termos de cardápio, a organização do evento detecta alguma tendência, por exemplo, as experimentações ainda estão em alta? Novidade é o que importa ou há alguma curiosidade maior em relação aos estilos clássicos?
GP: O movimento no país é de redescoberta de estilos clássicos, assim como no hemisfério norte o resgaste as lagers clássicas acreditamos que venha com força, mas sem deixar de apresentar as IPAS e as complexidades apresentadas em RIS e Catharina Sour.
Leia também: Cerveja faz conexão solidária entre Niterói e Porto Alegre