COMPARTILHE
Você já foi furtado em Niterói? Como e o que foi? Carros, bicicletas, celulares? Fez registro de ocorrência policial em delegacia ou boletim online? O que esperava quando procurou a polícia: denunciar o crime, ajudar na investigação ou reaver o bem roubado? Aonde aconteceu o crime? Os bandidos estavam armados? Houve violência?
Leia mais: Poder paralelo: 22,6% da população de Niterói vive em locais sob comando de grupos armados
A prefeitura de Niterói quer a ajuda da população para responder a estas e outras perguntas sobre a violência na cidade. Para tanto, vai fazer uma pesquisa sobre Segurança Pública com os moradores da cidade. O objetivo é coletar dados para apoiar a elaboração de políticas públicas e projetos na área. Ao todo, serão ouvidos 1,3 mil moradores de Niterói, em 52 bairros, divididos em 5 regiões.
Embora a Segurança pública seja atribuição do estado, o município trabalha para conhecer melhor os riscos existentes na cidade, para colaborar na elaboração de política de estado.
A ação é do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), subordinado à Secretaria Executiva. O Observatório de Segurança Pública de Niterói (OSPNit) é o órgão responsável pela coleta, sistematização, análise e produção de conhecimento em segurança pública.
Luciano Avelar, chefe do Observatório de Segurança Pública de Niterói, explica que a pesquisa teve início em 2018, através da ONG Comunitas, dentro da atuação do Pacto Niterói Contra a Violência. A pesquisa faz parte da visão de segurança pública municipal, que utiliza ferramentas e tecnologias que possibilitam a integração entre a ciência e a gestão pública.
-A pesquisa é um instrumento valioso que possibilita, através de métodos estatísticos, avaliar o impacto da ação criminosa na vida dos moradores de Niterói, servindo ainda como um coletador de informações sobre a experiência das pessoas com as forças de segurança pública – ressalta.
Pesquisador com o questionário. Foto: Prefeitura/ Bruno Eduardo Alves
O questionário é aplicado por pesquisadores uniformizados e identificados, que abordam os moradores da cidade na rua e em suas residências. A participação é voluntária. O tempo médio de aplicação de cada entrevista é de cerca de 15 minutos e cerca de 90% das pessoas abordadas até o momento aceitaram participar. As perguntas começam de forma básica, com nome, endereço – sem o número da casa, profissão, escolaridade, se está empregado e em que função, religião, meio de transporte e rendimento da família, entre outras. O nome do entrevistado não será registrado, apenas o endereço.
Na parte específica de segurança pública, os questionamentos são se já foi furtado, como e o que foi, em especial carros, bicicletas e outros veículos, se fez registro de ocorrência policial em delegacia ou boletim online e qual o objetivo do registro: reaver o bem, ajudar a polícia em investigação, ou exercer o direito do cidadão de ajudar na investigação.
No caso de roubos, as perguntas são se foram roubados objetos como joias, eletrônicos ou outros bens de valor, se houve violência, se a pessoa ficou na mira de uma arma e quando as ocorrências aconteceram.
COMPARTILHE