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Canal de Itaipu seco provoca morte de siris, em Niterói

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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As últimas ressacas empurraram grande quantidade de areia que “tampou” o fundo do canal, que está seco desde o fim de semana passado
Canal Itaipu em 15 agosto 2023
Siris mortos e lixo acumulado no canal de Itaipu. Fotos: Leitor

Siris mortos, lixo e urubus e outras aves “fazendo a festa”. Com o canal de Itaipu praticamente todo seco, esse foi o cenário do local, nesta terça-feira (15) pela manhã. Desde o fim de semana, a água do mar mal entra no canal.

Se as últimas ressacas que ocorreram na orla de Niterói ajudaram a jogar água canal adentro, também empurraram uma grande quantidade de areia que “tampou” o fundo do canal. Passada a “fúria” do mar, a água não consegue passar pelo local.

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O Canal de Itaipu na terça-feira, 15 de agosto, pela manhã.

Havia a expectativa por parte de moradores e pescadores que a Prefeitura fizesse uma dragagem do canal na segunda-feira (14), o que não aconteceu. O resultado foi a mortandade de peixes e siris, no dia seguinte.

A dragagem recorrente do canal é como “enxugar gelo”. Há três anos, Prefeitura,  Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Universidade Federal Fluminense, Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), Reserva Extrativista (RESEX) Marinha de Itaipu e entidades de Niterói ligadas ao Meio Ambiente debatem uma solução definitiva para evitar o assoreamento do Canal, que renova as águas da Lagoa de Itaipu. Em agosto de 2021, o prefeito Axel Grael anunciou que lançaria “em breve” o edital que escolheria a empresa que faria a obra no Canal.

A ideia é que Prefeitura de Niterói e Governo do Estado atuem em parceria nessa obra que tem um grau elevado de complexidade. A começar pela “ponta” do canal que vai avançar 60 m em direção ao mar para recuperar seu projeto original.

Peixes e siris mortos fizeram a festa de muitas aves, no Canal de Itaipu.

Ambientalista ouvido pelo A Seguir contou que o canal de Itaipu está desmoronando. O projeto definido prevê a recomposição dos molhes (blocos de pedras) e a retirada de 70 mil metros cúbicos de areia do canal que serão providencialmente levados para a praia de Camboinhas, onde foi construído o muro de gabião. De acordo com ambientalistas, essa solução dada pela Prefeitura para evitar o desmoronamento do calçadão de Camboinhas vai acarretar o fim da areia, em frente ao muro.

A obra tida como definitiva para o Canal de Itaipu formará uma praia artificial voltada para Itaipu e deve permitir a prática de esportes náuticos sem motor na Lagoa.

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