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Brasil atinge 700 mortos por Covid; em Niterói, contágio aumenta

Por Redação
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Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra a avanço no número de casos em 18 estados, Rio de Janeiro entre eles. Em Niterói, o quadro foi parecido
teste covid positivo agência brasil
Em nível nacional, a prevalência entre os casos positivos para SRAG foi de 48,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Foto: arquivo A Seguir Niterói

O mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra um avanço no número de casos de Covid em 18 estados. No Rio de Janeiro, dados da secretaria estadual de Saúde indicam que a Semana Epidemiológica (SE) 9, teve 3.660 registros; passando para 9.969 na SE 10; chegando na SE 12, a última, com 7.170 casos.

Em Niterói, o quadro foi parecido: na SE 8, foram  95 registros que subiram para 152 na SE 9, chegando a 269 na SE 12.

Na última semana, o país chegou a um total de 700.239 mortos por Covid, ao longo de três anos da pandemia. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, atualmente, a maior proporção de óbitos está se dando entre pessoas acima de 80 anos e imunossuprimidas.

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De acordo com o Boletim Infogripe, divulgado nesta segunda-feira (27/3), houve sinal de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas).

O estudo aponta que 18 estados apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia,  Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Nos estados da Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, os dados laboratoriais sugerem que o aumento na população adulta ou idosa é decorrente do vírus Sars-CoV-2 (Covid-19), com casos eventuais de influenza A e B.

Dois cenários

Coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes destaca que os país vive dois cenários diferentes, que precisam de “bastante atenção“. Um deles é a volta da Covid-19 que, segundo ele, “vem gerando um aumento de internações e atingindo um número maior de estados”. O outro é referente a casos de SRAG em crianças e adolescentes:

– Em fevereiro, verificamos um aumento muito expressivo de internações por SRAG, semana após semana, nessas faixas etárias. No mês de março, em alguns estados, há uma estabilização ou já um início do processo de queda nos adolescentes. No entanto, nas crianças pequenas, estava começando a estabilizar e voltou a crescer principalmente nos estados da metade Sul do país – informou o pesquisador, enfatizando a importância da vacinação nesses públicos.

Referente à Semana Epidemiológica (SE) 11 (período de 5 a 11 de março), a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 13 de março.

Em nível nacional, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 3% para influenza A; 3,3% para influenza B; 32,1% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 48,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 4,8% para influenza A; 2,2% para influenza B; 4,8% para VSR; e 83,3% para Sars-CoV-2 (Covid -19).

No Amapá, Ceará, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo, há sinal de crescimento de SRAG em todas as faixas etárias. Na Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul, verifica-se o início de aumento na população acima de 60 anos, além de manutenção do aumento de casos em crianças pequenas. No Amazonas, foi registrado crescimento associado ao Sars-CoV-2 (Covid-19), além de aumento  simultâneo de influenza A, embora em menor intensidade.

Gomes observa que o aumento de SRAG em crianças, observado em estados de todas as regiões do país desde fevereiro, ainda não possui associação clara com algum vírus respiratório específico.

– O VSR é sempre uma preocupação importante para crianças pequenas, pela grande volume de internações que ele causa. Porém, na população acima de 65 anos, também é um vírus que merece atenção tanto pelo risco de internação quanto para óbito. Por isso, é fundamental que esse público também seja testado para esse vírus quando há internação por problema respiratório, para evitar subnotificação – orienta o pesquisador.

 

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