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A Enel será a primeira “convidada” para participar da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de Niterói criada para investigar os serviços prestados pela concessionária. A sessão está prevista para ser realizada na próxima semana, mas ainda não foram marcados dia e horário.
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A CPI foi instaurada nesta quinta-feira (16) com a seguinte composição: Leonardo Giordano (PC do B) – presidente; Fabiano Gonçalves (Cidadania) – vice-presidente; Andrigo de Carvalho (Solidariedade) – relator. Membros: Anderson Pipico (PT) e Paulo Eduardo Gomes (PSOL); Suplentes: Renato Cariello (PDT) e Beto da Pipa (MDB).
– Vamos criar um espaço para que se discutam as denúncias contra a companhia que vinha prestando um serviço ruim, mas que piorou muito. A gota d’água foi o período recente de chuvas pelas quais a cidade passou. Vamos começar os trabalhos dando uma oportunidade para a companhia explicar suas razões – afirmou Giordano.
Esta será a terceira CPI sobre o fornecimento de energia na Casa Legislativa, sendo que, nas duas primeiras, a empresa concessionária era a Ampla.
Ele informou que a CPI fará uma reunião semanal, na Câmara, aberta ao público, mas também percorrerá a cidade para “ouvir a população”.
De acordo com Andrigo de Carvalho, a retirada da sede da empresa de Niterói também foi uma motivação para a criação da CPI:
– Eles foram embora, não deram satisfação e, hoje, o morador tem dificuldade para contatar a empresa para resolver seus problemas. Minha atuação é principalmente na zona norte da cidade e lá há um clamor das pessoas contra a empresa.
Já o vereador Fabiano Gonçalves (que participou por telefone da sessão) observou que as constantes quedas de fornecimento de energia e a demora em resolver o problema estão prejudicando o comércio da cidade, que, segundo ele, tem grandes prejuízos com a frequente falta de luz.
– Nós pagamos uma conta altíssima. Teve, inclusive, reajuste na tarifa recentemente. Esse serviço é uma concessão federal, mas nós não podemos nos acovardar. Essa CPI não vai acabar em pizza – afirmou Gonçalves.
Entre os vereadores que participaram da sessão, o Professor Túlio comentou que “existem boatos” de que a Enel não teria renovado o contrato com os prestadores de serviço responsáveis pela manutenção da rede. Esse seria o motivo da demora em resolver os problemas.
Faz parte dos planos da CPI convocar um representante da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), responsável pela regulação do setor elétrico e também da Prefeitura de Niterói. Além disso, há planos para “firmar parcerias” com o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Fluminense, principalmente, para dar suporte para as questões técnicas que vierem a ser abordadas.
A previsão de conclusão dos trabalhos é de quatro meses.
Também estiveram presentes à sessão os vereadores Paulo Eduardo Gomes e Benny Briolly (PSOL), Jhonatan Anjos e Renato Cariello (PDT) e Casota (PSDB).
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