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Prefeitura de Niterói investirá R$ 138 milhões na dragagem do Canal de São Lourenço

Por Redação
| aseguirniteroi@gmail.com

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Intervenção tem como objetivo aumentar a profundidade do canal e permitir a entrada de navios de grande porte na cidade
Prefeitura promete investir em dragagem do Canal de São Lourenço. Foto: Prefeitura
Foto: Bruno Eduardo Alves

Um orçamento robusto de cerca de R$ 138 milhões. É o que prevê o edital para a dragagem do Canal de São Lourenço, lançado nesta segunda-feira (6), pela Prefeitura de Niterói.

De acordo com o projeto, a obra irá aumentar a profundidade do canal de sete para 11 metros. Ainda segundo o Município, o objetivo é permitir a entrada de navios de grande porte no canal para, assim, estimular a construção de novas embarcações e ampliar o setor de reparos e offshore.

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A intervenção também visa incentivar as atividades portuárias e movimentar a economia. A expectativa é de que, após a dragagem, sejam gerados mais de 20 mil empregos.

O projeto

Para garantir a execução das obras, a Prefeitura de Niterói custeou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) com um investimento de R$ 772 mil. A pesquisa foi entregue ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e, após a análise para liberação das licenças, os resultados foram apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) aos órgãos competentes do Governo Federal.

Durante a cerimônia de assinatura do edital, o prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou que, sem a dragagem, a indústria naval continuaria enfrentando obstáculos como a limitação de acesso de embarcações às instalações portuárias.

– Nosso grande objetivo é fortalecer esse segmento. Essa é uma obra esperada há décadas, para que a indústria naval e a da pesca possam prosperar e, com certeza, terá um efeito enorme na economia da cidade, na geração de empregos. Com essa obra também esperamos fortalecer o segmento empresarial e atrair mais investimentos para o município – afirmou Grael.

Estudo geológico

A Prefeitura informou que, para efetivar a dragagem, realizou um estudo geológico em que analisou o nível do solo, níveis de ruídos subaquáticos, caracterização de qualidade da água e qualidade química e microbiológica. A fauna marinha e suas características também foram analisadas.

Outro ponto importante do estudo diz respeito ao uso e ocupação do solo urbano, incluindo os usos residenciais, comerciais de serviço, lazer industrial e público.

O aspecto econômico, que inclui economia social e renda média da população no entorno, também foi levado em consideração, assim como nível de empregabilidade, proporção da população economicamente ativa, número de habitantes por idade, etnia e sexo.

Após a etapa de licitação, a obra terá início e será acompanhada de perto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias.

– Não é um trabalho simples. Antes de iniciar a dragagem, é necessária a retirada de um material acumulado que não pode ser aproveitado. Para isso, serão instaladas geobags, em uma técnica que armazena e desidrata a retenção de sólidos ou lodo da água, sem devolvê-la ao mar. Em outra etapa, a obra se concentrará na parte de trás dos estaleiros, onde já foi feita, há alguns anos, uma intervenção, mas não deste porte – informou o diretor do INPH, Domênico Accetta.

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