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Reeleito à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) com 71.258 votos, sendo assim o 16º mais votado entre os 70 eleitos, o deputado estadual Flavio Serafini, do PSOL, fez um balanço sobre sua candidatura.
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Serafini, que é de Niterói, agradeceu o reconhecimento da cidade, onde foi o mais lembrado com 20.812 votos, bem como se disse “orgulhoso” diante da “resistência” do município frente ao conservadorismo que dominou as cadeiras da Alerj, da Câmara dos Deputados e também do Senado Federal.
– Niterói é RESISTÊNCIA. Fui o deputado estadual mais votado da cidade, Talíria (Petrone, também do PSOL) e Henrique Vieira deputados federais niteroienses eleitos. Molon ganhou de Romário. Castro não venceu aqui, e Lula ficou à frente de Bolsonaro. E ainda temos o “italiano”! Orgulho da minha cidade – disse.
Serafini também reforçou o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições. A legenda a qual ele é filiado integra a coligação Lula-Alckmin desde o primeiro turno.
– Qualquer pessoa que se diga preocupada com a democracia e não esteja absolutamente comprometida com a eleição do Lula pode se considerar cúmplice desse governo genocida – concluiu.
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Em relação ao respaldo a Lula, Serafini proferiu duras críticas ao ex-candidato Ciro Gomes (PDT), que amargou um modesto quarto lugar na disputa presidencial, atrás de Simone Tebet (MDB).
– A única chance de Ciro Gomes não desaparecer completamente da política brasileira é se comprometendo fortemente com a campanha de Lula no segundo turno. Espero que seu resultado nas urnas seja o suficiente para que entenda o erro grave das suas decisões recentes – reforçou.
Por fim, Flávio comentou o apoio discreto que o ex-presidenciável deu a Lula. Ciro seguiu o posicionamento do PDT, mas evitou falar o nome de Lula durante seu pronunciamento.
– Antes tarde do que mais tarde, PDT e Ciro Gomes anunciam o apoio a Lula no 2º turno. Decisão correta. Agora é colocar peso nas ruas e nas redes para restabelecer nossa democracia e derrotar Bolsonaro – completou.
Ao mesmo tempo em que celebrava a reeleição, com quase 10 mil votos a mais do que recebeu em 2018 (61.754 votos), o deputado afirmou que fará oposição ao governador reeleito no primeiro turno, Cláudio Castro (PL).
– O Rio de Janeiro perde a chance de eleger Marcelo Freixo e ter um governo comprometido com a democracia, com a reconstrução do estado e o combate às milícias. Teremos quatro anos de muita batalha e muita resistência. Não iremos descansar – publicou.
Aos 39 anos, Flávio Serafini é casado, pai de dois filhos e professor de Sociologia. No magistério, aliás, foi professor-pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz).
A partir de 2007, ele se dedicou à fundação e construção do PSOL em Niterói, sendo presidente do Partido no município por duas gestões, entre 2008 e 2010, e de 2012 a 2014. Ele ainda se candidatou a prefeito no ano de 2012, mas terminou em terceiro lugar, com quase 50 mil votos – Rodrigo Neves (PDT) foi eleito naquela altura.
Atualmente, ele é presidente da Comissão de Educação da Alerj. Ao mesmo tempo, preside a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental e da Luta Antimanicomial.
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