Imagem de tristeza! Morre no Rio repórter fotográfico Berg Silva

Morreu, neste sábado (2), o repórter fotográfico Berg Silva. O profissional, que já teve passagens pelo O Globo e atuava também na Prefeitura de Niterói, estava internado no Hospital Pan Americano, na Tijuca, na Zona Norte da cidade. Berg vinha sofrendo de problemas respiratórios desde maio, quando chegou a ficar 18 dias internado no Hospital Ronaldo Gazzola.

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– Há cinco dias de volta em casa, enfim acho que consigo tocar no assunto. Fiquei 18 dias internado no CTI do Hospital Ronaldo Gazzolla, vítima de uma embolia pulmonar, uma insuficiência renal repentina e fortíssima e uma insuficiência cardíaca. Tudo ao mesmo tempo – contou na época.

O prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT), prestou solidariedade aos familiares de Berg, a quem chamou de “dedicado e talentoso”. Disse, aliás, que recebeu a notícia com “profunda tristeza”.

– Berg é uma dessas figuras marcantes que temos a sorte de encontrar na vida. Me ajudou muito com o seu trabalho. Guardo a lembrança do profissional dedicado e talentoso e um colega de trabalho de presença agradável e marcante Berg. Obrigado pela sua obra e parceria. Siga o seu caminho em paz – ressaltou.

Além de fotógrafo com muita experiência e reconhecimento, Berg também era professor de história e flamenguista fanático.

O velório

Coube a filha de Berg, Carol Aleixo, o anúncio do velório do pai. De acordo com ela, o sepultamento será nesta segunda-feira (3), a partir das 13h, no Cemitério da Penitência, no Caju.

– Não queria estar aqui nessa rede social escrevendo nada disso. Mas se estou é pra dizer que a nossa despedida vai ser amanhã, de 13h às 16h, na capela 9 do Cemitério da Penitência, no Caju – postou.

O último depoimento de Berg na íntegra

Há cinco dias de volta em casa, enfim acho que consigo tocar no assunto. Fiquei 18 dias internado no CTI do Hospital Ronaldo Gazzolla, vítima de uma embolia pulmonar, uma insuficiência renal repentina e fortíssima e uma insuficiência cardíaca. Tudo ao mesmo tempo.

Corremos para o CER Leblon, e foi lá que o cardiologista Dr. Vinício detectou. Já somos amigos e ele vem me acompanhando há três anos. Lá o trombo foi detectado e então fui transferido às pressas para Acari.

Sonia, minha incansável companheira, iniciou a batalha junto com Katia Argento e Dr Ivan Santanna, Meu Baba, Felipe, e uma rede de orações que eu ainda nem tenho a dimensão.

Disse a todo momento que não era hora de partir e suportei todas as dezenas de picadas de agulha sem dar um pio, incisões profundas, hemodiálise, pequenos choques durante a HD, elevação repentina de pressão, sede. Nada mais me incomodou.

Comecei a me recuperar, para surpresa de médicos, enfermeiras e técnicos. Milagre. Disseram. Eu digo que foi uma força que viu não ser a minha hora. Foi a determinação da Sonia, a mulher mais incrível do mundo. Carolina, a filha mais incrível. Julia, Carol, Clarinha e Manu, minhas meninas.

Hora de envelhecer consciente, afinal ganhei uma vida extra. Quero viver pra agradecer a todo mundo. Tô ausente das redes e maneirando no telefone. Ordens de Sonia e Carol, que não sou louco de não cumprir. Vim aqui explicar e vou ficar mais tempo assim. Dedicado ao tratamento. Muito obrigado, gente. Amo vocês.