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Depois de ter sido prorrogada uma vez devido à baixa adesão em âmbito nacional, mas ainda muito abaixo da meta estipulada, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação termina nesta sexta-feira (30).
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Segundo o Ministério da Saúde, o esforço atingiu, até a publicação desta reportagem, 7.498 crianças de seis meses a quatro anos em Niterói, o que representa 35,88% do público-alvo de 20.900 pessoas. O objetivo, segundo o órgão ligado ao governo federal, era imunizar ao menos 95% da população infantil menor de 5 anos.
Durante o ato de vacinação contra a poliomielite, no último sábado (24), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, adotou uma postura política ao usar seu discurso para defender o governo de Jair Bolsonaro (PL) e disparar críticas contra adversários de sua gestão.
Assim, Queiroga citou poucas vezes a doença em si e aproveitou o tempo de fala para destacar os feitos do governo no Sistema Único de Saúde (SUS).
O município, aliás, segue os padrões negativos do estado e do Brasil. O Rio de Janeiro vacinou 267.698 crianças, o que corresponde somente a 30,59% do público-alvo de 875.080 menores de cinco anos. Desse modo, está atrás apenas de Roraima (23,2%) e Acre (24,5%)
Por outro lado, os estados que mais aderiram a campanha de vacinação foram Paraíba (86,8%), Amapá (82,6%) e Alagoas (74,6%). Portanto, nenhuma unidade federativa conseguiu bater a meta até agora.
Ainda que distante da meta ideal, o percentual nacional é bem maior: foram aplicadas 6.273.472 doses diante de um desígnio de 11.572.563 pessoas. Ou seja, a cobertura vacinal atingiu 54,21% do público-alvo. Os dados completos podem ser conferidos aqui.
Niterói é apenas o 49º município do Rio de Janeiro – dentre os 92 – que mais vacinou suas crianças, proporcionalmente. No último levantamento, feito no dia 6 de setembro, a cidade ocupava a 38º colocação. Naquela altura, a cobertura vacinal era de 26,64%. Confira mais abaixo os cinco melhores e piores do ranking.
O A Seguir: Niterói questionou a Secretaria Municipal de Saúde e a Prefeitura a respeito do baixo índice da imunização e também a respeito de possíveis ações promovidas pelos órgãos que visem estimular uma maior adesão vacinal. No entanto, não recebeu respostas até a publicação deste material.
Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru correm um risco altíssimo de reintrodução da poliomielite. É o que alerta a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A doença, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994
A poliomielite é causada pelo poliovírus e pode até matar. Ela se manifesta de duas formas: com sintomas não paralíticos, semelhantes aos de outras infecções virais, como febre, dor de garganta, vômito e dor de barriga; e sintomas paralíticos, quando surgem flacidez e consequente perda da força muscular e dos reflexos.
Nesse segundo caso, a paralisia atinge principalmente pernas e pés, mas há situações em que os músculos da deglutição, da fala e da respiração ficam paralisados.
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O poliovírus entra pela boca, por meio da ingestão de partículas de fezes contaminadas, e se multiplica no intestino. Essa absorção pode ocorrer pelo contato com objetos, alimentos ou água contaminados, quando, por exemplo, não higienizamos bem as mãos antes da refeição ou consumimos algo mal lavado.
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