23 de novembro

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Aumento de passagens e multas não resolvem a falta de ônibus em Niterói

Por Redação
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Na volta às aulas, fiscalização conferiu se empresas de ônibus voltaram a circular com frequência normal das suas frotas
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Os consórcios Transnit e Transoceânico são os responsáveis pelas empresas que prestam serviço de transporte coletivo em Niterói

No primeiro dia de volta às aulas, nesta segunda-feira (1), a Prefeitura de Niterói colocou a fiscalização na rua para conferir se as empresas de ônibus cumpriram a determinação de voltar a circular com frequência normal da frota nas linhas da cidade. O consórcio Transnit recebeu três notificações e um prazo de 24h para esclarecimentos, sob pena de multa de R$1.300 por linha em que forem encontrados problemas.

O alvo da fiscalização dos agentes da Subsecretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SSTT) foi o Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro.  Os consórcios Transnit e Transoceânico são os responsáveis pelas empresas que prestam serviço de transporte coletivo na cidade. A Subsecretaria não informou o motivo das notificações dadas ao Transnit.

Há cerca de 15 dias, empresas de ônibus de Niterói haviam reduzido, ainda mais, o horário de funcionamento de várias linhas. No horário da madrugada, praticamente 100% da frota sumiu das ruas. Dentre os que circulam durante o dia, a redução está em cerca de 15%. Na época, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade informou que, durante os períodos de férias escolares, os consórcios são autorizados a reduzirem a frota em até 15%.

O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro não negou a situação. Muito pelo contrário. Em nota, informou que a que, “diante do congelamento da tarifa há três anos e o reajuste do óleo diesel em 180% desde o último aumento, as empresas, apesar do esforço para atender a população, não têm mais condições de manter a operação das linhas conforme a determinação da Prefeitura”. O resultado foi um aumento de tarifa, que passou para R$ 4,45, mesmo com redução da frota.

Em nota, a Prefeitura informou que “as ações de fiscalização serão intensificadas e que deverão, ainda, ser ampliados os investimentos em tecnologia e  instalação de QR Codes nos pontos com integração em aplicativo, para que os usuários possam fazer o rastreamento dos ônibus em tempo real”.

Quando concedeu aumento das passagens, a Secretaria de Urbanismo e Mobilidade  informou que estava contratando um estudo de “reequilíbrio financeiro do sistema, que definirá, de forma transparente, os custos operacionais e a tarifa técnica das linhas operantes”.

Rodoviários

O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) enviou, também nesta segunda-feira, ofício à Prefeitura de Niterói solicitando que as perdas salariais da categoria, acumuladas nos últimos 12 meses até a data-base, em 1º de novembro, “sejam incluídas no estudo de reequilíbrio econômico-financeiro anunciado pela municipalidade para o setor de transporte público”.

– Os rodoviários adiaram as negociações por uma recomposição salarial justa durante a pandemia, que fez a arrecadação das empresas despencar. Nesse período, mais de 3 mil trabalhadores foram demitidos. Em seguida, veio a inflação e a elevação de gastos do setor, principalmente com o óleo diesel. O que vemos para novembro são negociações salariais extremamente difíceis e os trabalhadores não querem mais pagar uma conta, que não foi criada por eles. O poder público precisa intervir, pois uma greve geral não está distante da realidade. Além da reposição das perdas, a categoria quer também um ganho real de salário. Os rodoviários precisam ser ouvidos sobre qualquer mudança no setor – avalia o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

A categoria pretende reivindicar 12 meses do IPCA acumulado até novembro e mais 5% em aumento real, o que representaria um aumento em torno de 20%.

 

 

 

 

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