24 de novembro

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Lupulinário

Por Sônia Apolinário

Sônia Apolinário é jornalista tendo trabalhado nos principais jornais do país, sempre na área de Cultura. Também beer sommelière, quando o assunto é cerveja e afins, ela se transforma na Lupulinário.
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Cerveja movida a sol

A Malteca instalou 210 painéis solares na sua fábrica, em Jurujuba. Foto: Divulgação

Depois da Masterpiece, agora a cervejaria Malteca também é “movida a sol”. A fábrica da marca, em Jurujuba, teve 210 painéis solares instalados, recentemente, que renderão 94.640 kWh/mês para a empresa. De acordo com Diego Verticchio, um dos sócios da cervejaria, é bem mais do que precisam, no momento.

Diminuir o gasto com a conta de luz foi o que motivou a busca pela “energia alternativa”. Atualmente, essa conta tem saído, em média, R$ 16 mil por mês, o que representa 18% dos gastos de custeio da Malteca.

Da decisão de ter energia solar à instalação das placas, foram cinco meses – dois deles só pesquisando empresas e tipos de placas. Há três semanas, estão à espera da empresa de energia da cidade fazer o confere e liberar o funcionamento. O investimento foi de R$ 400 mil e a expectativa é de uma economia de R$ 160 mil, por ano.

“A energia solar vai abastecer e sobrar. Não posso vender a energia excedente, mas posso, por exemplo, usar na minha casa ou no bar da cervejaria. Também podemos ampliar a produção que a energia vai suprir”, comenta Diego.

Atualmente, a capacidade de produção da Malteca é de 28 mil litros por mês. Isso inclui as cervejas da marca e de ciganos atendidos pela fábrica.

No que depender dos planos de expansão da marca, toda energia será necessária. Ampliar as vendas para além de Niterói é a meta: primeiro Rio de Janeiro e, a partir do segundo semestre, São Paulo.

Assim que o investimento com as placas solares for um pouco “amortecido”, o foco será a criação do bar da fábrica com previsão de ter 13 torneiras de chope e área para shows.

Para futuras economias, os sócios da cervejaria já estudam investir em captação de água de chuva para ser usada na limpeza externa do espaço.

Diego explica que, mesmo quando chove, há captação de energia pelas placas solares. Segundo ele, as novas instalações passaram intactas pelo teste da mais recente tempestade que caiu em Niterói.

Na Masterpiece, energia solar e captação de água de chuva foram itens sustentáveis já previstos na construção da fábrica, em Cafubá, em 2019. Por lá, 80 placas solares fornecem 5 mil kWh/mês para a cervejaria e um reservatório tem capacidade para armazenar 5 mil litros de água de chuva. A outra marca do grupo, a Máfia, em Itaipu, também terá energia solar, mas ainda não há data para a instalação das placas.

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