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O MusiFest, festival de música instrumental e legado do baixista Arthur Maia, volta à cena em setembro, em Niterói. A Após 20 anos de hiato, o festival volta agora com cara nova, homenageando, seu criador e com a proposta de consolidar a cena instrumental da cidade.
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Em cada um dos sete dias, serão promovidos workshows em homenagem a um instrumento musical. Os encontros serão realizados na Sala Nelson Pereira dos Santos, exceto na terça-feira, 10 de setembro, quando o festival acontece no Theatro Municipal de Niterói.
Com produção executiva de Fábio Lessa, o evento se constrói por meio da interação do público com o artista que vai além de uma apresentação musical, falar detalhes sobre sua trajetória profissional e sua história com o instrumento que escolheu para desenvolver sua carreira.
A edição traz muitas caras novas, além de alguns veteranos de outras edições, como Marco Lobo, Claudio Infante, Márcio Bahia, Paulinho Guitarra, Fernando Caneca, Marcos Nimrichter, Carlos Malta, Francisco Falcon e Alex Rocha. Será uma semana inesquecível para esta cidade que respira música, berço de incontáveis talentos que percorreram o mundo.
Percussão – Segunda-feira, 9 de setembro
Junior Moraes e Mafram Maracanã
Thiago da Serrinha e Maurício Tizumba
Gabriel Policarpo e Orquestra de Ritmo Batuquebato convidam Marco Lobo
Bateria – Terça-feira, 10 de setembro
Claudio Infante e Márcio Bahia
Kiko Freitas
Rayani Martins, com participação da guitarrista Juliana Vieira
Aquiles Priester, com participação do baterista Rafael Marcolino
Violão – Quarta-feira, 11 de setembro
Rogério Souza, com participação de Tiago do Bandolim
Sergio Chiavazolli e Fernando Caneca
Alessandro Penezzi
Guinga
Guitarra – Quinta-feira, 12 de setembro
Paulinho Guitarra e Guilherme Schwab
Torcuato Mariano
Rayanne Fortes
Cacau Santos
Piano e Teclado – Sexta-feira, 13 de setembro
Marcos Nimrichter
Rodrigo Tavares
Bruno Alves
Luiz Otávio
Sopros – Sábado, 14 de setembro
Fabiano Segalote e Maico Lopes
Marcelo Martins e Jessé Sadoc
Carlos Malta
Orquestra Atlântica
Baixo – Domingo, 15 de setembro
Francisco Falcon e Alex Rocha
Ana Karina Sebastião
Marcelo Mariano
Michael Pipoquinha
O MusiFest começa na segunda-feira (9), homenageando os instrumentos de percussão, os mais antigos aparatos musicais, que remontam aos primórdios da civilização humana, em celebrações religiosas e profanas.
Os Workshows do dia serão ministrados por Junior Moraes e Mafram Maracanã; Thiago da Serrinha e Maurício Tizumba; e Gabriel Policarpo e Orquestra de Ritmo Batuquebato, que contam com a participação especial de Marco Lobo.
Na terça-feira (10), será a vez da bateria, criada no início do século XX para reunir, num só instrumento, tambores, pratos e outros aparatos de percussão, que define e marca o compasso. Para esse tributo, foram convidados Claudio Infante e Márcio Bahia; Kiko Freitas; Rayani Martins, com a participação especial da guitarrista Juliana Vieira; e Aquiles Priester, que receberá no palco o também baterista Rafael Marcolino.
Ministrados por Rogério Souza, com participação de Tiago do Bandolim; Sergio Chiavazolli e Fernando Caneca; Alessandro Penezzi; e o mestre Guinga, os Workshows da quarta-feira, 11, apresentam o violão, que de seis ou sete cordas, clássico ou popular, é um instrumento milenar e de origem incerta.
Evolução eletrônica do violão, e popularizada a partir da segunda metade do século XX, a guitarra terá seu dia especial na quinta-feira, 12, com Paulinho Guitarra e Guilherme Schwab; Torcuato Mariano; Rayanne Fortes; e Cacau Santos.
Piano e teclado, descendentes direto dos primeiros instrumentos de teclas que surgiram em meados do século III a.C., são as atrações do quinto dia do MusiFest, na sexta-feira, 13. Os Workshows serão comandados por Marcos Nimrichter, Rodrigo Tavares, Bruno Alves e Luiz Otávio.
Fabiano Segalote e Maico Lopes; Marcelo Martins e Jessé Sadoc; Carlos Malta; e a Orquestra Atlântica serão os responsáveis pelos Workshows do sábado, 14, em homenagem aos instrumentos de sopro. De metais ou madeira, têm pelo menos 40 mil anos de existência, sendo encontrados em praticamente todas culturas e em todos os continentes.
Na programação do último dia do MusiFest, no domingo, 15, Francisco Falcon e Alex Rocha; Ana Karina Sebastião; e Marcelo Mariano comandam os Wokshops em homenagem ao Contrabaixo, seja elétrico ou acústico, o mais grave dos instrumentos de cordas.
Encerrando o domingo, o baixista Michael Pipoquinha fará um show em tributo a Arthur Maia, seu padrinho musical, que o influenciou desde muito jovem.
O ano era 2004, e em menos de quatro meses, a Fundação de Arte de Niterói e o músico Arthur Maia conseguiram concretizar um sonho de vários anos: realizar um festival de música instrumental em Niterói. Desde então, a cidade sediou, por 5 anos, o Niterói MusiFest Instrumental.
O objetivo era fazer com que a cidade se tornasse um ponto de convergência e de intercâmbio para os músicos da cena instrumental brasileira.
Pelos palcos do MusiFest passaram nomes como Márcio Montarroyos, Armandinho, Luiz Alves, Leo Gandelman, Pepeu Gomes, Marco Lobo, Azimuth, J.T. Meirelles, Pascoal Meirelles, Mauro Costa Jr., Ed Motta, Airto Moreira, Flora Purim, Paulo Moura, Hermeto Paschoal, Romero Lubambo, Chico Batera, Kiko Continentino, Silvério Pontes, Zé Canuto, Alex Martinho, Ronaldo do Bandolim e Ney Conceição.
Influente baixista, Arthur Maia era carioca, mas radicado em Niterói. Desde muito jovem, o baixista, compositor e produtor, ajudou a criar, nos anos 1980, diversos grupos de música instrumental, como o ‘Pulsar’, ‘Banda Black Rio’, ‘Egotrip’ e o ‘Cama de Gato’.
Mesclando influências do jazz, funk, swing e reggae, seu trabalho ganhou notoriedade nos anos 1990, quando gravou “Maia”, seu primeiro disco solo. A sua trajetória conta ainda com parcerias com artistas como Ivan Lins, Jorge Ben Jor, Lulu Santos, Ney Matogrosso, Gal Costa e Gilberto Gil.
– Há muito tempo eu sonhava com o dia em que reuniríamos os melhores músicos do país e os colocaríamos à disposição da comunidade através de oficinas e workshops. Vamos deixar um legado muito legal – afirmou, na época, Arthur Maia.
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