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Viradouro contará a história de Rosa Courana no Carnaval de 2023

Por Redação
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Ela é considerada a primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil
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Rosa foi escrava, prostituta e beata acusada de heresia. Imagem: Reprodução Internet

A trágica e mística história de Rosa Courana, considerada a primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil, será o enredo da Unidos do Viradouro para o Carnaval de 2023 batizado “A Flor do Rio de Janeiro: Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz”.

O livro em questão é a “Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas”. São 250 páginas onde ela descreve sua experiência sensorial de contato com Jesus Menino.

Rosa nasceu na Costa de Ajudá, atual Benim, na nação courana, em 1719. Aos seis anos, foi capturada pelo tráfico negreiro e trazida para o Rio de Janeiro. Foi estuprada e, depois de oito anos de maus-tratos, foi levada para Minas Gerais por um padre. Lá, tornou-se prostituta. Aos 30 anos, após uma doença, iniciou uma fase mística. Rosa deu a si mesma o nome de Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz em homenagem à Santa Maria Egipcíaca que, segundo a lenda, foi também uma prostituta antes das manifestações de santidade.

Adorada por fiéis, Rosa foi acusada de feitiçaria, heresia e falsa santidade, o que a levou ser presa nos Cárceres do Santo Ofício da Inquisição de Lisboa, em Portugal. Ela não teria desmentido  suas visões e experiências sobrenaturais e viveu no cárcere até sua morte, em 12 de outubro de 1771.

Além de livros, a vida de Rosa motivou a produção de artigos em revistas acadêmicas. Ela é tida como a personalidade negra do século XVIII com maior volume documental disponível.

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