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Menos chuva e mais calor. Assim tende a ser o Verão, que chega a Niterói às 6h20 de sábado (21). A mudança de estação pode até passar despercebida, diante dos últimos dias da Primavera com temperaturas bem elevadas.
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Na temporada 2024-2025 do Verão, a expectativa é se La Niña dará ou não o ar da graça. Segundo o meteorologista e professor titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jorge Luiz Fernandes de Oliveira, há uma previsão ainda não totalmente confirmada da ocorrência do fenômeno oceânico, que interfere no clima de uma região.
La Niña consiste no resfriamento da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico Equatorial.
– Está se mostrando que teremos La Niña durante o verão. Se isso se confirmar, significa que teremos muita chuva no Norte e Nordeste do país. Porém, no Sudeste, a chuva diminui e aumenta a temperatura – informou Oliveira.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, há uma probabilidade de 60% de que as condições de La Niña se desenvolvam entre janeiro e março de 2025. Já de fevereiro a abril de 2025, a probabilidade diminui para 40%. Esse quadro pode indicar a tendência de que o fenômeno tenha curta duração.
Dessa forma, como explicou o meteorologista da UFF, é possível que o próximo verão seja de chuvas um pouco abaixo da média histórica. No verão brasileiro, chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com volumes superiores a 400 mm.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
Oliveira observou que, diminuindo as chuvas, diminuem as nuvens, o que acarreta aumento da radiação e, consequentemente, do calor.
Mas atenção. Previsão de menos chuvas, no período, não significa ficar livre das famosas tempestades de verão. E sobre isso, Oliveira alertou:
– Niterói é uma cidade que está no nível do mar. Se um temporal ocorrer em dia de maré alta, o mar represa a água da chuva na cidade, o que provoca grandes inundações.
O meteorologista se chateia, um pouco, com a atual “moda” de dizer que o clima mudou bruscamente. Ele explicou que o clima não muda de uma hora para outra. Essas mudanças bruscas que trazem chuva ou ventos fortes estão relacionado com o tempo.
– O tempo é como o estado de espírito, muda ao longo do dia. A atmosfera acompanha o movimento da Terra, é dinâmica. Se chega uma frente fria, altura tudo – explicou.
Apesar de não ter “bola de cristal”, o meteorologista avisou que vai fazer muito calor no próximo dia 3 de janeiro.
Isso porque, nessa data, o planeta Terra estará passando mais próximo do Sol, um momento chamado de Periélio – numa rota elíptica em volta da estrela do nosso Sistema Solar, a Terra fica cerca de 3% mais próxima do Sol, atingindo a sua maior velocidade orbital do ano, de 30,3 quilómetros por segundo.
Nesse momento, segundo Oliveira, o planeta vai receber 6,7% a mais de radiação solar.
– Vai ser um dia em que as pessoas vão dizer que ligaram o maçarico – afirmou.
A partir de 2062, a Terra vai “celebrar” seu Periélio no dia 4 de janeiro.
Só para contrariar os prognósticos, o Verão vai chegar em Niterói embaixo de um temporal. De acordo com o site Climatempo, no sábado o dia até amanhece com algum sol, mas logo haverá aumento de nuvens com previsão de pancada de chuva no fim da manhã., seguindo pela tarde. O temporal chega, mesmo, à noite, com direito a formação de raios.
O volume de chuva pode chegar a 14.3mm. Os ventos, porém, serão fracos. As rajadas tendem a ter velocidade de 6km/h. A temperatura máxima prevista é de 29 graus.
No primeiro domingo de Verão, a temperatura ainda pode ser mais baixa do que no sábado: 28 graus. A chuva, de menor intensidade em relação ao dia anterior (7.8mm) seguirá marcando presença ao longo do dia.
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