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O movimento ainda é tímido, mas quem transitou pela principal rua de comércio de Icaraí notou que de fato a campanha municipal teve início desde as primeiras horas desta sexta-feira (16).
Leia mais: Mulheres entram na disputa pela Prefeitura de Niterói | A Seguir Niterói (aseguirniteroi.com.br)
O A Seguir foi a alguns pontos do bairro para ver como foi o primeiro dia de campanha. Como já de praxe na cidade, as esquinas com maior movimento foram a Paulo Gustavo com Lopes Trovão e Paulo Gustavo com Otávio Carneiro.
Nesses trechos, a campanha estava a todo vapor, embora não se pode perder de vista que, por ser o primeiro dia, ainda é um aquecimento do que está por vir.
– O movimento ainda está fraco. A coisa vai começar mesmo no domingo, no Campo de São Bento. Por enquanto, vemos mobilização em trechos selecionados da cidade – afirmou Livia Maria, enquanto fazia o trabalho de panfletagem.
Livia é autônoma e, nesse início de campanha, ela diz ainda ser possível conciliar seu outro trabalho com a campanha eleitoral.
Quanto à recepção das pessoas, Livia afirma que os idosos costumam acolher mais as ideias e ser mais receptivos com as propostas.
Já as pessoas na faixa etária de 30 a 50 anos costumam não ter muita paciência e às vezes falam mal do candidato alto, para que as pessoas que estão trabalhando possam ouvir.
– Claro que não é generalizando, mas os idosos tendem a nos ouvir mais. Está tudo muito polarizado desde a última eleição e as pessoas tendem a ser mais agressivas. Quando elas não ignoram… Porque acontece muito isso também – completou.
Shirley, que também trabalha na panfletagem, mas para outro candidato, afirma que a recepção das pessoas costuma variar muito. Enquanto algumas são mais simpáticas, outras fazem questão de mostrar que não estão nem um pouco interessadas, sendo até rude às vezes.
Ela também diz que por enquanto é natural que as pessoas não tenham se mobilizado muito ainda, já que se trata do início da campanha.
Enquanto conversava com Shirley, sua colega diz trabalhar para dois candidatos de partidos diferentes e, por isso, preferia manter discrição.
Outro ponto de Icaraí movimentado fica próximo à Reitoria da UFF, que também é conhecido pelos moradores como um polo político, visto que por lá costuma ser palco de muitas campanhas eleitorais, além de estar posicionada estrategicamente em um dos maiores locais de manifestações e encontros, que é a Rua Miguel de Frias.
Já a Praia de Icaraí, para a surpresa da repórter, estava sem movimento algum. Inclusive, caminhando em direção à praia me deparo com duas estudantes de pré-vestibular, que ficaram surpresas com minha pergunta.
– Não sabia nem que tinha começado, para falar a verdade. Não vi nenhum movimento na praia, se você não tivesse me falado não saberia – confessou.
O aposentado Antônio Carlos Rangel, de 84 anos, é morador do Ingá. Em passagem por Icaraí, após sua caminhada e almoço na Paulo Gustavo, ele afirma que o movimento está mais fraco que o habitual. Disse que não se incomoda com a panfletagem. Pelo contrário: costuma aceitar os panfletos em respeito ao trabalho da pessoa.
– Eu pego para ajudar as pessoas que estão trabalhando o dia inteiro na rua, ganhando muito pouco. Eu tenho essa consciência. Vi pouco movimento em Icaraí hoje. No Ingá não vi nada.
Rangel acredita que será mais uma campanha movida pela polarização.
– As pessoas falam as coisas sem saber. Não se informam, só saem disseminando. E está tudo muito polarizado. Às vezes eu estou num taxi para ver o que o motorista pensa, como um exercício mesmo de observação. – concluiu.
O comerciante Paulo Barros bate na mesma tecla: parece que isso de fake news veio para ficar mesmo. Ninguém se informa. Só querem saber se polemizar, de atacar o outro. Campanha política virou baixaria.
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