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Nova vacina e primeiro remédio contra a Covid-19 estão a caminho

Por Redação
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Enquanto analisa o pedido de registro da vacina Covovax, Anvisa autorizou o uso emergencial do medicamento inédito no país
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Assinatura do acordo de transferência tecnológica na sede da Fiocruz (Foto: Peter Ilicciev)

Uma nova vacina e um primeiro remédio contra a Covid-19 estão a caminho. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) infomou que recebeu o pedido de registro da vacina indiana Covovax. Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD) comunicaram que será produzido o primeiro antiviral oral para o tratamento da doença, no Brasil, o Molnupiravir.

Fiocruz e MSD assinaram o acordo após a Anvisa conceder, nesta quarta-feira (04), a autorização de uso emergencial do medicamento no país. O setor da Fiocruz responsável pela parte brasileira do trabalho é o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). Sua responsabilidade será armazenar, administrar, rotular, embalar, testar, liberar, importar e fornecer o Molnupiravir para o Sistema Único de Saúde. À MSD, caberá monitorar e acompanhar, em conjunto com Farmanguinhos, o desenvolvimento das atividades.

Além do Brasil, o medicamento já é aprovado para uso emergencial nos Estados Unidos e em outros 17 países, além de ter aprovação condicional pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, do Reino Unido, e pela Agência Regulatória Europeia.

De acordo com as instituições, a fase 3 dos estudos clínicos mostrou que o medicamento foi capaz de reduzir em 89% o risco de morte por Covid-19 quando comparado ao placebo, com eficácia consistente contra diferentes variantes virais.

Medicamento não substitui vacinas

Segundo a autorização de uso emergencial concedida pela Anvisa, o Monulpiravir será indicado para o tratamento de pacientes de Covid-19 maiores de 18 anos que não necessitam de oxigênio suplementar e apresentam risco de evolução para a forma grave da doença. Será necessário ter prescrição médica, e não deve ser utilizado em gestantes.

Em reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa, realizada também nesta quarta-feira (4/5), a diretora Meiruze Freitas destacou que a vacinação ainda é a melhor forma de prevenção contra a Covid-19 e ressaltou que o monulpiravir não deve ser entendido como um substituto das vacinas.

O acordo prevê, ainda, a condução de ensaios clínicos, em parceria com a MSD, para eventual uso em profilaxia de Covid-19. Também será estudada a análise da atividade do medicamento em outros vírus também endêmicos no Brasil, como dengue e chikungunya.

Nova Vacina

No final de abril, a Anvisa recebeu o pedido de registro da vacina Covid-19 (recombinante) Covovax. A solicitação foi apresentada pela empresa Zalika Farmacêutica Ltda., que representa no Brasil o fabricante dos imunizantes, o Instituto Serum, localizado na Índia.

A vacina utiliza a tecnologia de proteína recombinante. É o primeiro imunizante apresentado no Brasil que utiliza essa tecnologia. A indicação proposta é para adultos maiores de 18 anos.  

O pedido foi apresentado à Anvisa no âmbito da RDC 415/2020, que traz critérios e procedimentos extraordinários para pedidos de registro decorrentes do novo Coronavírus. A norma prevê, por exemplo, a análise prioritária e a possibilidade de se firmar termos de compromisso, como foi feito com outras vacinas contra Covid-19 já autorizadas no Brasil.  O prazo de análise da Agência é de 60 dias.

Com Agência Brasil e agência Anvisa

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