A autorização é um desdobramento da parceria firmada entre a AstraZeneca, dona da tecnologia, e o instituto Bio-Manguinhos. Com isso, a transferência de tecnologia se completa, e a fundação ganha total autonomia na produção da vacina contra a covid-19. A produção de um lote-comercial piloto vai ser destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Após testes, a Fiocruz vai pedir à Anvisa o registro ou uma autorização para uso emergencial da vacina.
Esta semana, recebeu representantes da Anvisa visitaram a Anvisa para verificar as condições técnico-operacionais da planta industrial onde será produzido o IFA nacional para a vacina. “A aprovação técnica veio após a inspeção que verificou as Boas Práticas de Fabricação da linha de produção e concluiu que Bio-Manguinhos cumpre os requisitos das Condições Técnico-Operacionais (CTO) para iniciar a produção de lotes”, informou a Anvisa, em comunicado.
Fiocruz prevê entregar 100 milhões de doses até o fim de julho
Nesta sexta-feira (30), a Fiocruz fez a sua maior entrega da vacina Oxford/AstraZeneca. Foram 6,5 milhões de doses destinadas ao Programa Nacional de Imunização. Ao todo, Biomanguinhos já produziu e repassou ao governo federal 26,5 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19. Foram 19,7 milhões apenas em abril, superando em um milhão de doses a previsão original.
Para maio, a previsão é fornecer outros 21,5 milhões de doses. Com a chegada de um novo lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) no último sábado, a fundação tem matéria prima suficiente para a produção de imunizantes até o início de junho. Para esse mês, está prevista a entrega de 34,2 milhões de doses.
Se não houver imprevistos, a Fiocruz espera cumprir o cronograma inicial e entregar 100 milhões de doses até o fim de julho. “Já estamos produzindo um milhão de doses por dia”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.