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Procissão, feijoada e samba. Em Niterói, os festejos que celebram São Jorge começam antes mesmo do feriado dedicado ao Santo Guerreiro, na terça-feira (23).
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A Capela de São Jorge, na rua Alcides Figueiredo, 16, no Centro da cidade, começa a receber os devotos no sábado (20), com o Tríduo Oracional. Entre os dias 20 e 22, o local poderá ser visitada das 8h às 20h.
No dia 23, missas campais serão realizadas em três horários: 6h30, 8h30 e 10h30. Será rezado o Terço Mariano, às 12h, e o Terço da Misericórdia, às 14h30, seguido de outra missa campal.
A última celebração será às 17h, após a tradicional procissão que percorrerá as ruas do Centro de Niterói. O cortejo com a imagem tradicionalmente faz o mesmo trajeto: sair da igreja e segue pelas ruas Marechal Deodoro, Barão do Amazonas, São João, Luis Leopoldo Fernandes Pinheiro, Conceição, Visconde de Sepetiba, Marechal Deodoro e retorna à rua Alcides Figueiredo.
Já virou tradição celebrar São Jorge, no dia do feriado dedicado ao santo (23 de abril), com feijoada e roda de samba. O sincretismo religioso está na origem da comida e da música que acompanham as festividades.
São Jorge é cultuado pelas igrejas Católica, Ortodoxa, Anglicana e religiões Afro-Brasileiras – na Umbanda e no Candomblé, ele é Ogum. Esse orixá recebe como oferendas inhame e feijão preto cujo uso é considerada a “contribuição brasileira” para a comida que deu origem à feijoada.
Historiadores e especialistas em culinária indicam que pratos como a feijoada, que misturam vários tipos de carnes, legumes e verduras, têm origem milenar. Similares são o cozido, em Portugal; o cassoulet, na França; apaella, à base de arroz, na Espanha; e a casouela e o bollito misto, na Itália.
Em relação ao Brasil, a versão que as carnes pouco nobres do porco eram dadas aos escravos pelos senhores é contestada pelos historiadores. Há quem diga que absolutamente nenhum alimento era desperdiçado por eles, principalmente, um pedaço de carne, fosse ela qual fosse. Assim, os escravos comeriam, se tanto, feijão com farinha.
Há consenso que os portugueses foram os responsáveis por trazer ao Brasil a técnica e a combinação do cozido com carnes, que com o passar do tempo e evolução dos costumes, teve o nosso feijão preto acrescentado, no Rio de Janeiro.
Há quem ligue a história da feijoada a dos africanos escravizados trazidos para o Brasil. Os historiadores não endossam. Porém, essa versão ajuda a entender o samba como acompanhamento para a feijoada.
Antes do feriado, já será possível celebrar São Jorge, com feijoada e samba, em Niterói.
Quem abre os trabalhos é a Acadêmicos do Cubango. No domingo (21), a feijoada será servida a partir das 13h, na quadra da escola. A entrada é franca e o prato sai a R$ 25. A roda de samba ficará a cargo do Pagode do Saboia.
A quadra da Cubango fica na Rua Noronha Torrezão 585.
Na Unidos do Viradouro, no dia 23, a tradicional feijoada para celebrar o Santo Guerreiro será reforçada com a participação da escola de samba Portela.
A agremiação carioca de Oswaldo Cruz e Madureira estará na quadra da escola de Niterói com seus segmentos, que irão se apresentar ao som dos grandes sambas-enredo que a azul e branco levou para o Sambódromo.
No evento, mestre Ciça, líder da bateria da atual campeã do Carnaval, vai receber o portelense Nilo Sérgio e os ritmistas da Tabajara do Samba. Os segmentos da escola de Niterói também vão dar show, tendo como trilha sonora as obras mais marcantes da agremiação na voz do intérprete Wander Pires. A programação musical inclui ainda shows o Grupo Arruda e da cantora Mariana Braga, além do DJ Fernando Falcão.
A programação começa às 14h. O ingresso custa R$ 30. O prato de feijoada, servido até 17h, sai por R$ 25.
A quadra da Viradouro fica na Avenida do Contorno, 16, no Barreto.
O bar Esquina de São Jorge, tradicional reduto de devotos do santo, no Fonseca, além de feijoada e samba, no dia 23, terá queima de fogos. A programação começa às 12h e tem entrada franca (o valor da feijoada não foi informado).
A roda de samba ficará sob o comando de Paulo Zerbini e terá Monica Mac como convidada, com a mesa devidamente decorada com uma estátua do santo e Espadas de São Jorge, que também decoram o ambiente. A escola de samba Data Venia Doutor também vai se apresentar. A queima de fogos está marcada para às 18h.
O bar Esquina de São Jorge fica na rua Soares Miranda, 99.
No Quilombo do Grotão, feijoada (no forno à lenha) e roda de samba é tradição o ano todo. No dia de São Jorge, o evento ganha o reforço da Roda de Samba de Ogum, formada por Mariana Braga, Thiago Cunha, Declar Sodré, Pitico, Yuri Portela, Lucas Marques e Jean Silva.
O local abre às 12h30 e a música começa às 14h30. A entrada é R$ 35 e a feijoada, R$ 40 o prato.
O Quilombo do Grotão fica Rua 41, sítio 77 Manoel Bonfim, Serra da Tiririca, Engenho do Mato.
Em Santa Rosa, o Deck do Barriga vai ter feijoada a partir das 12h, com o samba garantido pelo grupo Linha de Frente. A entrada é franca e o prato de feijoada sai a R$ 30.
O Deck do Barriga fica na rua Dr. Paulo Cesar, 297, no Largo do Marrão.
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