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Troca de acusações marca debate entre Rodrigo Neves e Carlos Jordy

Por Sônia Apolinário
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O trabalhista e o bolsonarista que disputam o segundo turno das eleições para prefeito em Niterói se encontraram no estúdio do site G1
debate segundo turno
Os candidatos Carlos Jordy (E) e Rodrigo Neves (D) entre o jornalista Edimilson Ávila. Foto: reprodução

Adversários no segundo turno na disputa pela prefeitura de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) e Carlos Jordy (PL) participaram de debate promovido, nesta segunda-feira (21) pelo site G1. Ao longo do encontro, mediado pelo jornalista Edimilson Ávila, o candidato trabalhista só se referiu ao bolsonarista por seu nome de batismo: Carlos Mattos. O nome completo do candidato é Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior.

Leia mais: Futuro prefeito de Niterói terá orçamento de mais de R$ 6 bi para gerenciar a cidade

– Por que você mudou de nome, o que foi fazer em Itajaí e o que é o Bonde da Fumaça? Perguntou Rodrigo Neves.

– Rodrigo tem feito campanha de baixaria, fazendo acusações contra mim e minha família – respondeu Carlos Jordy.

– Eu te dei uma chance de explicar o que é o Bonde da fumaça e seu passado nebuloso. Enquanto você estava no Bonde da fumaça agredindo pessoas, eu já estava lutando pelo passe livre no movimento estudantil – replicou Neves.

Segundo Jordy, Bonde da fumaça era um “grupo de adolescentes” que se reunia em uma lanchonete de Niterói.

Sentados frente a frente, o candidato trabalhista perguntou, por vários momentos, o que o bolsonarista, ao longo de cerca de dez anos na política (como vereador de Niterói e atualmente no segundo mandato como deputado federal) já tinha feito por Niterói.

– Não sou irresponsável de colocar dinheiro na sua mão (se referindo a emendas parlamentares disponíveis para serem usadas por deputados). Tudo o que você se envolve vira corrupção – respondeu Jordy acrescentando que destinou emendas para instituições como a Sociedade Pestalozzi, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal.

Em seguida, Neves afirmou que Jordy destinou menos de 2% de suas emendas para Niterói, menos do que teria sido enviado para o Rio de Janeiro ou Resende.

No quesito corrupção, o bolsonarista chamou Neves de “ex-presidiário”. Ouviu como resposta do candidato trabalhista que todos os seus sigilos foram quebrados e nada foi encontrado contra ele, acrescentando que tanto o Tribunal de Justiça quanto o Superior Tribunal de Justiça o absolveram.

Neves citou denúncia feita pelo jornal O Globo de que a esposa de Jordy, seu cunhado e outras pessoas ligadas ele constam da lista de pagamento secreta da CEPERJ, que virou alvo de investigações do Ministério Público. Lembrou ainda das buscas da Polícia Federal em sua casa no inquérito que apura atos antidemocráticos que aconteceram em 8 de janeiro.

Dos dois lados, poucas propostas foram apresentadas. Quando Neves falou sobre seus planos para transformar Niterói em um “grande hub de inovação”, Jordy rebateu dizendo que o trabalhista estava copiando todas suas propostas.

Após o bolsonarista afirmar que vai ampliar o alcance da Moeda Arariboia e fazer parcerias com a Universidade Federal Fluminense, o trabalhista rebateu:

– Você treinou muito bem para essa campanha, o ator que você está tentando construir, Carlos Mattos. Você atacou as vacinas (na pandemia) e a UFF (no Congresso Nacional), como tem a cara de pau de falar que vai fazer parceria com a UFF? Sua turma votou contra a Moeda Arariboia e, agora, você diz que vai ampliar?

Jordy admitiu que o vereador reeleito pelo PL, Douglas Gomes, votou contra a Moeda Arariboia, “por falta de transparência”, mas que ele é “favorável” ao programa.

Nas considerações finais, Rodrigo Neves afirmou que o que está em jogo nas eleições é o futuro da cidade:

– A gente não pode colocar a nossa cidade em risco de retrocesso com uma pessoa que nunca administrou nada da vida, uma pessoa extremista, despreparada, que nunca fez nada por Niterói. Vamos votar 12 para fazer nossa cidade avançar

Já Carlos Jordy afirmou que a eleição “não é sobre esquerda e direita”, sobre um “homem honesto ou um ex-presidiário”:

– A nossa cidade vem sendo governada há 12 anos por esse grupo político, que fez da prefeitura um balcão de negócios. Eles se acham proprietários da nossa cidade. Nós precisamos devolver Niterói para os niteroienses.

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