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O Fórum Intersindical do Leste Fluminense entregou na manhã desta quinta-feira (9), uma nota de repúdio contra a decisão do governador Cláudio Castro de suspender o convênio do programa Niterói Presente com a Prefeitura ao Conselho de Segurança de Niterói. O documento, subscrito por sindicatos que integram a entidade e representam 150 mil trabalhadores de vários setores produtivos, reivindica a imediata reativação do programa. De acordo com os representantes do Fórum, a politização da Segurança Pública é um retrocesso.
A nota foi protocolada durante reunião do conselho, que teve participação do tenente-coronel Marcelo Carmo, comandante do 12º BPM (Niterói), delegados das unidades da Polícia Civil, que têm base em Niterói, além de representantes da sociedade civil. Nela, as entidades classistas condenam a “politização da Segurança Pública” e afirmam que a integração das forças policiais e a Guarda Municipal é o único caminho para conter a violência urbana.
Além da diretoria do Fórum, o documento é assinado por sindicatos dos trabalhadores das seguintes áreas: edifícios, rodoviários, profissionais de apoio da Educação, metalúrgicos do setor de água e esgoto, frentistas do ramo naval, Engenharia, vestuário e segurança e meio-ambiente.
Confira a nota na íntegra:
“O Movimento Sindical organizado, aqui consignado pelo Fórum Intersindical do Leste Fluminense, na qualidade de representante de mais de 150 mil trabalhadores de diversas áreas produtivas, vem a público manifestar seu REPÚDIO à decisão do governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Bomfim de Castro e Silva, de suspensão do convênio assinado com a Prefeitura de Niterói, que atendia à população na área de Segurança Pública através do programa denominado Niterói Presente.
O ato do Governo do Estado, sem justificativa, causou surpresa e estranheza à população niteroiense e aos moradores das cidades vizinhas: São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. Afinal, foram anos e anos de debates entre os cidadãos e as autoridades locais, além de estudos de especialistas em Segurança Pública, para a implantação do programa.
É preciso considerar, inclusive, que a integração entre as forças de segurança sempre se mostrou a medida mais eficaz no controle da criminalidade e, para sustentar essa afirmação, basta tomarmos o exemplo dos grandes eventos ocorridos em nosso estado, como os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa do Mundo de 2014.
A politização da Segurança Pública, ao contrário, revelou-se desastrosa e altamente perigosa, pois, em seu próprio ato, desconsidera o profissionalismo de nossos agentes públicos e impõe interesses nem sempre coadunados com a necessidade dos cidadãos. Pois é notório que a ativação do Niterói Presente reduziu significativamente os altos índices de violência que assolava a cidade, em uma escala tal, que o programa obteve o reconhecimento de governos anteriores ao do atual mandatário do Estado e ainda de outras unidades da Federação.
Portanto, esperamos que o governador seja capaz de reavaliar e voltar atrás dessa decisão. Basta ter bom senso e entendimento político para evitar um grave retrocesso na Segurança Pública desta valiosa cidade, considerada de vital importância para o fortalecimento do Rio de Janeiro.”
*Fórum Intersindical do Leste Fluminense, SEEN, Sintronac, Sindagua-RJ, Sinpospetro, Sindesnav, Sinticon, SSMA, Sindicato dos Metalúrgicos de SG, Niterói e Região, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vestuários de SG e Região.
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