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O custeio do serviço de barcas entre a Praça XV e Charitas pode ficar na conta da prefeitura de Niterói, de acordo com o plano apresentado pela Secretaria de Transportes do governo do Estado do Rio para a gestão do sistema aquaviário, depois de quase 30 anos de privatização. O comunicado do governo estadual diz, textualmente, que no caso da linha social Charitas-Praça XV “a operação e valor da tarifa serão definidos junto à Prefeitura de Niterói.”
A tarifa social no catamarã de Charitas é um pleito da prefeitura de Niterói, desde a construção do BRT da Região Oceânica. A intenção da prefeitura, na época, era transferir para a estação uma parte do movimento da Região Oceânica em direção ao Centro, reduzindo os frequentes engarrafamentos na cidade. Mas o plano não deu certo, diante do preço do serviço, R$ 21, contra os R$ 7,70 da barca Rio-Niterói.
A prefeitura chegou a construir um estacionamento subterrâneo em São Francisco, para abrigar todos os carros que buscariam a conexão com as barcas. Mas o estacionamento hoje fica praticamente deserto. O número de usuários do catamarã também caiu e hoje a CCR interrompe o serviço entre o meio dia e as 14 horas.
A prefeitura de Niterói se mobilizou para enquadrar o transporte na tarifa social, com o mesmo preço que a travessia da Praça Arariboia à Praça XV. O projeto chegou a ser aprovado na Assembleia Legislativa do estado, mas nunca saiu do papel. Agora, o governador Claudio Castro acena com a possibilidade de retomar a conversa, desde que a prefeitura de Niterói assuma parte dos custos da tarifa.
Na prefeitura de Niterói faz tempo que a ideia de uma participação do município no custeio do serviço é considerada uma possibilidade para dar uma solução para o problema, depois de todos os gastos já realizados para a integração dos transportes. A prefeitura, no entanto, não comentou o anúncio, que, tampouco, define datas ou metas. No plano original anunciado pela Secretaria de Estado de Transportes não haverá figura a tarifa Social em Charitas.
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