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STF encontra provas de ação golpista de Bolsonaro e PF prende militares e assessores

Por redação
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Polícia Federal volta a Niterói na investigação da tentativa de golpe; no final do ano, o alvo foi o deputado federal Carlos Jordy
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Operação mira aliados do ex-presidente Bolsonaro . Foto: reprodução

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8) a Operação Tempus Veritatis, que investiga o ex-presidente Bolsonaro e colaboradores próximos que teriam participado de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Autorizada pelo  Supremo Tribunal Federal, a investigação da PF encontrou documentos que mostram a articulação do grupo para a manutenção do então presidente no poder e os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, anunciou pela rede social X (antigo Twitter) que o ex-presidente, que estava em Marambaia, Angra dos Reis, proibido de deixar o país,  entregará o passaporte, e determinou que seu auxiliar direto, Tércio Amaral, retorne a Brasília, no cumprimento da ordem de que Bolsonaro não pode manter contato com os demais investigados.

Entre os alvos de busca e apreensão estão aliados muito próximos do ex-presidente, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud.

Já os mandados de prisão foram endereçados q quatro oficiais do exército:  Rafael Martins de Oliveira (major das Forças Especiais do Exército), Filipe Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro), Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do exército) e Marcelo Camara (coronel do Exército)

A ação da Polícia Federal também chegou a Niterói, onde já havia estado no ano passado, para cumprir mandado de investigação contra o deputado federal Carlos Jordy, bolsonarista e líder da oposição na Câmara. Ainda não há informações sobre o mandado cumprido na cidade.

Veja também: PF prende em Niterói militar envolvido em planos de golpe de Bolsonaro — A Seguir Niterói (aseguirniteroi.com.br)

Prisões, busca e apreensão

A operação da PF cumpre, ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados; a proibição de se ausentar do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas; e a suspensão do exercício de funções públicas.

As medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridas nos seguintes estados: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.

“As apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, informou a PF.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, completou a corporação.

Já o segundo eixo de atuação do grupo, de acordo com o comunicado, consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em “ambiente politicamente sensível”.

Por fim, a PF destacou que os fatos investigados configuram crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

 

 

Entre os alvos de busca e apreensão estão aliados muito próximos do ex-presidente, como Walter Braga NettoAugusto HelenoPaulo Sérgio NogueiraAnderson TorresValdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud.

Já entre os quatro alvos dos mandados de prisão estão:

  • Rafael Martins de Oliveira (major das Forças Especiais do Exército)
  • Filipe Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro)
  • Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do exército)
  • Marcelo Camara (coronel do Exército)

 

Advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, anunciou pela rede social X (antigo Twitter) que o ex-presidente entregará o passaporte, e determinou que seu auxiliar direto, Tércio Arnaud, que estava com ele em Mambucaba, retorne para Brasília. A medida é para atender a ordem de Bolsonaro não manter contato com os demais investigados.

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, cita três pessoas que foram alvos PF nesta quinta-feira: além do próprio Bolsonaro, Braga Netto e Filipe Martins.

De acordo com a PF, no total estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

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