COMPARTILHE
As correntes marítimas da Baía de Guanabara deram a Martine Grael e Kahena Kunze os fundamentos necessários para trazer mais uma medalha de ouro para o Brasil. Na madrugada desta terça-feira, a dupla fez história ao conquistar o bi olímpico em Tóquio, e Martine falou à “Folha de São Paulo” sobre as decisões técnicas que pavimentaram a vitória.
— Eu dei uma olhada no píer, onde estavam torcendo, antes de a gente descer com o barco, e vi uma diferença de corrente bem grande. Eu sou do Rio, de Niterói, conheço bem a Baía de Guanabara, e sabemos que a diferença de corrente favorece um lado ou outro — disse a velejadora, que conquistou o primeiro ouro “em casa”.
O conhecimento acumulado nos treinos na Baía de Guanabara foi mesmo decisivo na conquista. A dupla brasileira fez uma manobra surpreendente na baía de Enoshima ao percorrer uma rota oposta às adversárias em uma das curvas da medal race.
– Conseguimos ir bem livre na direita e acho que ter ido rápido e livre foi a chave hoje porque estava com pouco vento. Se você fica no bolo, acaba não tendo muito o que fazer – explicou a velejadora de Niterói.
O resultado foi uma confortável terceira colocação na regata final, que somada à pontuação acumulada na etapa classificatória, garantiu o segundo ouro olímpico conscutivo para Martine e Kahena, feito inédito na vela brasleira.
COMPARTILHE