Sorveteria Eskimó já recebeu mais de 160 toneladas de doações em Niterói

O 11 º caminhão com doações de niteroienses, enviadas para a loja de sorvetes Eskimó, no Centro, saiu na terça-feira (14), em direção ao Sul do país. Cada um deles levou para os desabrigados da chuva no Rio Grande do Sul 16 toneladas dos mais diversos produtos.

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A quantidade de doações surpreendeu os funcionários da loja, que mobilizou os caminhões que fazem o abastecimento de produtos em Santa Catarina para o socorro ao Rio Grande do Sul. Agentes da secretaria Municipal de Defesa Civil e Geotecnia e integrantes do Exército brasileiro se somaram à ação solidária. Até então, o trabalho estava sendo feito por cerca de 25 voluntários, entre moradores da cidade e empresários.

Solidariedade

– Inicialmente, não tínhamos noção do quanto a campanha cresceria. A expectativa era mandar um caminhão a cada dois dias. Na realidade, a demanda de doação tem sido tão grande que tivemos que repensar toda a nossa logística. A gente termina o dia muito cansado, mas não tem preço. A ajuda dos voluntários tem sido muito especial – afirmou a coordenadora das lojas da Eskimó em Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro, Larissa Martins, que assumiu o papel de gerir a campanha, na região.

A Eskimó tem 32 lojas entre Niterói e São Gonçalo, além de um centro de distribuição, no Rio. A campanha surgiu porque, após distribuir os produtos, na cidade, caminhões da empresa voltavam vazios para a fábrica, em Içara (SC).

Larissa contou que, por conta do grande volume de doações, a empresa já mandou para Niterói sete caminhões vazios para ajudar no recebimento do material. Cada veículo levava cerca de 3h30 para ser carregado, pelos voluntários. Agora, com o reforço de 25 agentes da Defesa Civil e outros 25 do Exército, o carregamento está sendo feito em cerca de hora e meia.

A Eskimó foi fundada há mais de 40 anos, na cidade catarinense de Criciúma, vizinha a Itara. A empresa tem mais de 70 caminhões próprios para fazer a distribuição do sorvete por todo o país.

De acordo com Larissa, todo o material que sai de Niterói vai direto para a fábrica da empresa. Lá, integrantes da Defesa Civil local é que direcionam para onde as doações devem ser levadas. E os caminhões da empresa voltam para a estrada. Da saída do material em Niterói à distribuição, tudo é monitorado por Larissa.

– Eu imaginava que a campanha teria adesão dos nossos clientes. Mas o fato é que viralizou. Como a gente consegue acompanhar até o descarregamento do material, isso gerou credibilidade na população e as doações aumentaram, o que é ótimo, mas não tínhamos braços para fazer todo o trabalho – explicou a empresária.

Por orientação da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, a Eskimó, em Niterói, vai parar por um tempo de receber doação de roupas. Mesma decisão foi tomada pela Cruz Vermelha em Niterói. Segundo Larissa, o que mais está sendo solicitado, no momento, é alimentos não perecíveis, leite em pó de todos os tipos (para adultos e crianças),  material de limpeza, higiene e para animais.

– Falta tudo por lá. Nós pedimos leite e lembramos que faltam mamadeiras. Pedimos alimentos e lembramos que faltam pratos, talheres, copos. Recebemos nos últimos dias ajuda de vários dos nossos fornecedores desse tipo de utensílio – contou ela.

A partir da próxima semana, Larissa pretende organizar ainda mais o trabalho relacionado com as doações, centrando, a cada período, no item de mais necessidade dos desabrigados, naquele momento.

A loja da Eskimó que está recebendo as doações fica na Avenida Feliciano Sodré, 538, no Centro de Niterói. Funciona de segunda a domingo, inclusive feriados, das 10h às 18h.