22 de dezembro

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Sonho olímpico no ar: confira os detalhes sobre a cerimônia de abertura dos Jogos de Paris que será realizada nesta sexta-feira (26)

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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A abertura dos Jogos de Paris será na sexta-feira (26), mas competições já começaram. Atleta de Maricá fez a primeira participação do Brasil. Confira os detalhes
arqueira ana luiza caetano
A arqueira Ana Luiza Caetano, na vila olímpica, em Paris. Foto: reprodução

A abertura das Olimpíadas de Paris, na França, será, oficialmente, nesta sexta-feira (26), porém, várias competições já começaram. Foi com uma atleta de Maricá que o Brasil estreou nos jogos, na madrugada desta quinta-feira, às 4h30 (horário de Brasília). Ana Luiza Caetano concluiu a fase de ranqueamento da prova individual do arco recurvo. Terminou em 19º lugar com direito a recorde pessoal na classificação geral e avançou para a fase eliminatória da competição.

– Foi feliz demais esse início ao ser a primeira atleta do Brasil a competir nestes Jogos. Eu me inspiro muito em muita gente que vi aqui. Andar na Vila, encontrar com a Rebeca (Andrade, da Ginástica Artística), dividir o quarto com a Bia do Tênis…estou nas nuvens, estou com meus heróis. Saber que estou abrindo a competição é uma honra. Espero trazer boa sorte para todo mundo – afirmou ela que, em 2023, foi eleita atleta sub-21 do ano pela World Archery das Américas.

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Também atleta de Maricá, Marcus Vinícius D’Almeida é o número 1 do ranking mundial de tiro com arco. Ele fez sua estreia horas depois de Ana Luiza, às 9h15, também com sucesso. Os arqueiros Ana Luiza e Marcus D’Almeida são O time do Brasil na modalidade tiro com arco.

Para esta quinta-feira, o restante da programação do Brasil nas Olimpíadas é a seguinte, em horário do Brasil:

Handebol feminino – 9h – Brasil X Espanha. Vitória brasileira: 29 X 18

Futebol feminino – 14h – Brasil X Nigéria. Vitória brasileira: 1 X 0 com gol de Gabi Nunes

A estreia de Ana Luiza

Ana Luiza Caetano durante sua primeira prova em Paris.

A prova de Ana Luiza, de 21 anos, consiste em uma somatória de pontos após 12 rounds de seis tiros cada. Ela somou 660 pontos, seu recorde pessoal em competições internacionais, em uma prova que teve quebra de recorde mundial e olímpico com Sihyeon Lim, da Coreia do Sul, ao anotar incríveis 694 pontos.

– Foi uma prova muito intensa e puxada mentalmente. É a parte mais longa do tiro com arco, não é a minha prova preferia, eu gosto mais dos combates. Eu estava ali tentando trazer um pouco dessa energia e dessa dinâmica dos combates ao atirar três flechas, depois mais três para estabelecer um ritmo. Deu certo, foi bom. Consegui aproveitar e ser feliz – disse ela para a agência do Comitê Olímpico Brasileiro.

Ao fim da primeira parte do ranqueamento, Ana figurava na 13ª colocação ao somar 335 pontos. Em um dos rounds, inclusive, a brasileira cravou todas as flechas na pontuação máxima de 10. Na parte final, ela oscilou um pouco, mas conseguiu emplacar bons momentos para fechar a primeira parte da competição com recorde pessoal. Agora, Ana se prepara para a fase eliminatória, de combates.

Outro compromisso que a brasileira vive a expectativa é a prova de duplas mistas, junto com Marcus Vinícius D’Almeida. Dependendo do desempenho de Marcus na classificatória individual masculina, ainda nesta quinta-feira, os dois podem entrar na disputa de duplas caso o somatório de ambos os coloquem entre os 16 melhores da competição.

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A estreia de Marcus D’Almeida

Marcus Vinícius D’Almeida, em sua estreia nos Jogos de Paris.

Marcus Vinícius D’Almeida ficou na 17ª posição geral, na fase classificatória. Com esse resultado, ele garantiu o objetivo principal do dia: somado ao desempenho de Ana Luiza Caetano, no individual feminino, os arqueiro se classificaram para a disputa das duplas mistas.

O atleta de Maricá somou 673 pontos na classificatória individual do arco recurvo. O resultado foi importante para o ranqueamento e avanço à fase eliminatória, de combates. Em relação à prova mista, ele e Ana Luiza garantiram a 10ª posição entre as 16 duplas que vão concorrer nessa modalidade.

– O principal era classificar a equipe mista, que foi o que a gente fez. Agora é seguir o plano, intensificar os treinamentos também para o misto. Estamos prontos, sabemos o que precisamos fazer na hora. Agora é ter calma e trabalhar bem até o dia da prova”, afirmou Marcus, referindo-se ao dia de disputa das duplas mistas, marcado para 2 de agosto.

De acordo com o COB, na disputa individual, no ranqueamento masculino, Marcus encontrou certa dificuldade com a instabilidade do vento que variou bastante entre lateral e frontal. Mesmo assim, o atleta considerou satisfatória a sua participação no classificatório, que teve o sul-coreano Woojin Kim em primeiro lugar (686 pontos), e projetou a fase de combates, marcada para acontecer a partir do próximo dia 30 de julho.

– O meu classificatório em si não considero ruim, estou feliz com a minha performance. Tenho tempo nesta semana para treinar. A previsão é de esquentar e o vento tende a estabilizar, dar uma acalmada. Mas também não dá para prever. De qualquer forma, tiro como ponto positivo o fato de sempre ter ficado ali perto do centro do alvo, entre 10 e 9 (pontos) – afirmou. – Ali no combate são poucos tiros. É quando temos a pressão de verdade, a parte que eu gosto. Se você está com alguma dúvida, isso pode atrapalhar. Hoje, nessas condições, eu dei tiros conscientes, sabia o que estava fazendo. Tive esse problema de ventos altos e baixos, que foi pequeno. Estou tranquilo e vamos para as próximas.

Cerimônia de abertura

Imagem simula como será a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris.

A cerimônia que acontece nessa sexta-feira (26),  às 14h30, no horário de Brasília, promete ser diferente de todas as outras já feitas. A começar que será a primeira realizada fora de um estádio, em um dos pontos turísticos mais marcantes da capital francesa; com o tradicional desfile dos atletas sendo em barcos ao longo do Rio Sena. Os espectadores poderão presenciar uma parada muito colorida e festiva, percorrendo toda Paris.

O ponto de início será na Ponte de Austerlitz e os 100 barcos transportando cerca de 10.500 atletas seguirão por 6km a oeste, passando por monumentos icônicos como Louvre e Notre Dame, e até alguns palcos de modalidades como o Grand Palais e Esplanade des Invalides. O desfile tem como destino final o Trocadero – a esplanada em frente a Torre Eiffel – onde serão realizadas os protocolos oficiais, a pira olímpica acesa e o jogos enfim serão declarados abertos.

Enquanto as grandes surpresas de atrações, comandadas por Thomas Jolly, permanecem em sigilo, pode-se esperar um show em grande escala contrastando o velho com o novo; assim como é a cultura francesa. A expectativa é que todas as pontes passadas tenham dançarinos dando vida ao espetáculo.

Onde assistir

No Brasil, os direitos de transmissão foram divididos entre várias plataformas. A TV Globo exibirá os principais eventos, priorizando os atletas brasileiros. O SporTV oferecerá uma cobertura completa com quatro canais fixos, incluindo um canal em 4K. O Globoplay disponibilizou 40 canais com sinal ao vivo direto das áreas de competição.

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Além das opções na TV, o site Olympics.com transmitirá todos os esportes ao vivo, exceto por 15 modalidades que estarão disponíveis apenas em replays após o término dos eventos. Essas modalidades incluem Basquete 3×3, Tiro com arco, Vôlei de Praia, entre outras. A CazéTV, no YouTube  também transmitirá alguns jogos.

Mascote

Phryge: mascote Olímpico e Paralímpico dos jogos de Paris 2024

O mascote das Olimpíadas de Paris 2024 não é um animal representativo do país, como costuma acontecer, mas um objeto, cheio de simbolismos para o país. Trata-se de uma Phryge, um gorro frígio – uma espécie de touca que pode ter surgido há mais de 3 mil anos de idade e está ligado a figuras importantes da história, sejam eles mitológicos ou reais. No caso da França, está associado à Revolução Francesa.

Esse acessório é muito significativo para os gauleses, mas suas origens são muito mais antigas. O gorro deve seu nome à Frígia, região da atual Turquia, onde antigamente seus habitantes usavam rotineiramente gorros em formato de cone, feitos de lã.

Contudo, em diversas regiões do Império Romano também era utilizado um chapéu de formato semelhante, denominado píleo. No entanto, o gorro foi utilizado numa cerimônia muito particular, em que foi entregue aos escravizados que seriam libertados pelos seus senhores.

O historiador romano do século 1 d.C., Tito Lívio, registrou em seus escritos a expressão servos ad pileum vocare, que significa “chamar os escravos ao uso do píleo”; isto é, à liberdade, já que foi o que lhes foi oferecido em troca de servir na defesa de Roma quando fosse necessário.

Com o passar dos séculos, os estudiosos europeus redescobriram tanto o gorro frígio como o píleo, embora os confundissem.  Séculos depois, na França, os líderes do que acabou por conduzir à Revolução Francesa incorporaram o gorro na sua simbologia, embora já não apenas como uma bandeira de liberdade. O gorro passou a simbolizar republicanismo. O processo que começou com a tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, levou ao fim da monarquia gaulesa. A peça ganhou também uma simbologia associada à atos radicais e violentos, por conta das mortes de nobres em guilhotinas, durante a Revolução Francesa. Ainda hoje, os franceses usam o gorro simbólico durante protestos ou celebrações nacionais.

Mascote Ginga, da seleção olímpica brasileira.

Mascote brasileiro

Desde 2015, Ginga representa a torcida brasileira em meio ao Time Brasil. Acompanha sempre a delegação olímpica do país nos maiores eventos esportivos do mundo. Ginga é uma onça-pintada, o maior felino do continente americano.

A destruição do seu habitat aliada à caça predatória fazem com que as populações de onças-pintadas venham sendo reduzidas ano a ano. No Brasil, praticamente desapareceu nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Podem ser encontrados em áreas de florestas como a Amazônica e a Mata Atlântica e até em ambientes abertos, como o Pantanal e o Cerrado.

 

 

 

Com agência COB e Mídia Ninja

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