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Solo e bem acompanhado, Luiz Carlos Sá se apresenta no Teatro da UFF, em Niterói

Por Livia Figueiredo
| aseguirniteroi@gmail.com

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Músico fará duas apresentações na cidade. Show terá no repertório sucessos do cantor, além de canções do seu mais recente trabalho
Luiz Carlos Sá
Luiz Carlos Sá fez parte da geração pós-tropicalista na história da MPB. Foto: Reprodução/ Facebook

O cantor e compositor Luiz Carlos Sá, que fez trio com Rodrix e Guarabyra, e depois dupla só com o Guarabyra, se apresenta no Teatro da UFF em duas sessões, na sexta e sábado, 9 e 10 de junho, às 20h. O show possui formato inédito e terá no repertório sucessos do cantor, além de canções do seu mais recente trabalho: “Solo e Bem Acompanhado”.

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“Estou me sentindo um estreante e ao mesmo tempo renovado com este projeto”, confidencia SÁ, confirmando que a dupla com Guarabyra continua firme e forte, fazendo shows pelo Brasil. Sobre o álbum, ele adianta: “Na escolha do repertório, em conjunto com o produtor Vinícius Sá, acabamos por selecionar uma parte de canções com cunho político e social e outra parte com viés mais romântico”, conclui o artista que passou os últimos anos de pandemia em Portugal, com a esposa Verlaine e o filho mais novo, Diogo, e que agora está de volta do Brasil, fixando residência em Nova Lima, Minas Gerais.

Oriundo da criação, com Guarabyra e Rodrix, do chamado “rock rural” – música brasileira que mistura uma raiz interiorana com influências do folk rock – Luiz Carlos SÁ passeia neste primeiro CD solo por várias tendências de sua abrangente capacidade criativa, músicas que já fazem ou farão parte das quase 400 que ele tem editadas e gravadas por alguns dos principais intérpretes brasileiros de diversas gerações e tendências.

Ao lado dos parceiros habituais, como Flávio Venturini (“Pra Contar Pra Mim”), Pedrão Baldanza (“Os 10 Mandamentos do Amor” e “Sem Uma Luz”, esta com Vinicius Sá na parceria) e Guarabyra (“A Ilha”), Sá traz no disco outros de primeira viagem. “Cada Um de Nós Dois” é com Cid Ornellas – celista da sinfônica de Minas Gerais, irmão do saxofonista Nivaldo Ornellas ; “Um Povo com Vida” é uma das várias que ele tem com Mamour Ba, multi-instrumentista senegalês radicado em Belo Horizonte; vem também a parceria inédita com o poeta tropicalista Torquato Neto, “Eu te via Clareando”, feita quando ele e SÁ eram companheiros de redação no “Correio da Manhã”, em finais dos anos 60, aqui contando com o auxílio luxuoso de Lucy Alves no acordeon e na voz. Frejat também faz participação especial na regravação de ” A Ilha”.

Já na bossa – choro rural “Serra Mineira”, Luiz Carlos SÁ põe uma pitada de cada referência sua, desde os saraus em família, na sua Vila Isabel de origem, até a temática idílica/rural que faz parte da história da dupla SÁ & Guarabyra, tudo temperado pelo inconfundível bandolim de Armandinho. Em “Os 10 Mandamentos do Amor” (Pedrão Baldanza/Sá), ouve-se o magistral coro “spiritual” dos Golden Boys.

O clássico da MPB “Caçador de Mim” (Sergio Magrão/ Luiz Carlos SÁ), que ganhou o mundo na voz de Milton Nascimento, foi gravado com os amigos do Roupa Nova, renovando a química que a banda tem com as músicas de Sá, evidente em versões deles para “Jeito de Viver”(SÁ), “Me Faça Um Favor” e “Dona” (SÁ/Guarabyra).

Sobre Luiz Carlos Sá

O cantor, compositor e instrumentista LUIZ CARLOS Pereira de SÁ nasceu em Laranjeiras, Rio de Janeiro, mas passou a infância em Vila Isabel e a adolescência na Tijuca. Começou sua carreira profissional em 1965, tendo suas primeiras músicas gravadas por Pery Ribeiro, Luhli, Nara Leão, MPB4, Leny Andrade e outros. No ano seguinte, fez sua estreia nos palcos, participando do musical “Samba Pede Passagem”, do Grupo Opinião, formando o Grupo Mensagem – um coletivo de jovens “cantautores” que unia vozes e músicas de Sá, Sidney Miller, do futuro cineasta Paulo Thiago, de Marco Antonio Menezes e de Sonia Ferreira (futura Quarteto em Cy) – ao lado de figuras consagradas como Baden Powell, Aracy de Almeida, Ismael Silva e outros ícones do samba de raiz.

Depois de concorrer em alguns festivais, gravar seus primeiros singles (“Inaiá” e “Canto do Quilombo” pela RCA e “Homem de Neandertal” e “Povo do Ar” pela Odeon) e ter várias músicas incluídas em trilhas de novelas, formou em 1972 com Zé Rodrix e Guarabyra o trio SÁ, Rodrix & Guarabyra – que seguiu em dupla, a partir de 1974, após a saída de Rodrix (que depois voltou de 2001 a 2009), emplacando sucessos como “Primeira Canção da Estrada”, “O Pó da Estrada”, “Hoje Ainda é Dia de Rock”, “Mestre Jonas”, “Sobradinho”, “Espanhola”, “Cheiro Mineiro de Flor” e “Jesus Numa Moto”.

Alguns de outros hits da dupla aconteceram em novelas referenciais da TV brasileira, como “Roque Santeiro” – com as músicas “Roque Santeiro”, “Verdades e Mentiras” e “Dona” – e na primeira versão de “Pantanal”, em 1990, que teve “Estrela Natureza” e “Quem Saberia Perder”. Recentemente, Luiz Carlos SÁ chegou a estar presente simultaneamente, como coautor, em três trilhas de novelas de sucesso: “Pantanal” (com “Noites de Tempestade”, parceria e interpretação de Gabriel Sater), “Cara e Coragem” (com “Saltei de Banda”, parceria com Zé Rodrix e interpretação de Elza Soares) e “Mar do Sertão”, na abertura com “Sobradinho”, parceria com Guarabyra e interpretação de Chico Cesar.

Serviço:

Data: 9 e 10 de junho (sexta e sábado)

Horário: 20h

Local: Teatro da UFF

Endereço: Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí

Ingressos: Guichê Web e Bilheteria

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