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Sindicato denuncia 20 escolas de Niterói com casos suspeitos ou confirmados de Covid

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Entidade dos professores critica falta de testagem e afirma que profissionais continuam trabalhando mesmo com suspeita de doença
Unidades municipais seguem abertas. Divulgação:Prefeitura de Niterói
Unidades municipais seguem abertas. Divulgação/Prefeitura de Niterói

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) de Niterói divulgou relatório em que lista 20 escolas que têm casos de suspeita ou confirmados de Covid. A extensa lista das escolas da rede pública se refere aos casos identificados em agosto.

De acordo com o relatório, as escolas são: UMEI do Vale Feliz; UMEI Alberto Brandão; UMEI Írio Molinari; UMEI Bezerra de Menezes; UMEI Nina Torres; UMEI Jacy Pacheco; NAEI Ângela Fernandes; EM Santos Dumont; EM Rachide da Glória Salim Saker (7 casos); EM Maralegre; EM Julia Cortines; EM Anísio Teixeira; EM Francisco Portugal Neves; Helena Antipoff; EM Mestra Fininha; EM Paulo de Almeida Campos; EM Heloneida Studart; EM Tiradentes; EM Dario de Souza Castello e EM Demenciano Antonio de Moura.

Algumas das principais críticas do sindicato são à falta de transparência e ao desencontro entre a Fundação Municipal de Educação (FME) e as Escolas e Direções Profissionais-CEC’s-Comunidades sobre casos suspeitos e casos confirmados de Covid. O descumprimento dos protocolos sanitários de prevenção contra a Covid e o esclarecimento quanto ao seu funcionamento também são ressaltados no relatório.

Falta de testagem regular

O documento ainda critica a falta da testagem regular da comunidade escolar e afirma que profissionais com suspeita de Covid aguardam resultados dos testes enquanto trabalham. Além disso, ressaltam que a suspensão de aulas/turmas, seguindo o Protocolo da FME, se dá apenas após a confirmação de dois casos positivos de Covid na unidade.

De acordo com o documento, diversos aspectos dos protocolos são sustentados com as verbas gerais das escolas, ou seja, não há dotação orçamentária extraordinária, de modo que as escolas perdem verbas que seriam destinadas ao suporte pedagógico.

Outro ponto criticado é em relação à falta de treinamento, que havia sido prometido para a categoria e comunidades escolares. Além disso, funcionários teriam recebido máscaras de pano, em vez de máscaras mais eficazes como a PFF2. O sindicato emite um alerta devido à maior circulação da variante Delta, mais transmissível. Em relação à higiene, o Sepe afirma que não houve reforço significativo das equipes de limpeza, o que contribui para um ambiente propício para a disseminação da Covid.

Exclusão digital

A exclusão digital da Educação Infantil é outra queixa. Profissionais do Sepe afirmam que alguns agentes administrativos, pedagogos, o conjunto dos profissionais não-docentes e professores/as com Dupla Regência foram excluídos do Auxílio Tecnológico. De acordo com eles, houve fragilização do segmento online do ensino híbrido. Além disso, a estrutura de internet nas escolas ainda é precária e, por isso, os alunos só conseguem assistir as aulas online com atividades assíncronas. O SEPE também questiona a sobrecarga de trabalho dos profissionais da educação tanto no modelo presencial quanto no remoto.

– Temos percebido que o “retorno” de aulas presenciais tem sofrido com uma frequência relativamente baixa de crianças e jovens. Nos preocupamos muito com um processo de evasão escolar que avança em nosso país, inclusive em Niterói. Perante a esta realidade, questionamos: o processo de “reabertura” que está sendo feito, sem base num consenso progressivo entre Governo e categoria, é capaz de enfrentar essa realidade? Todo o estresse que este “retorno” tem causado vale a pena? – ressaltaram os profissionais do Sindicato.

Por fim, os professores reivindicam do governo a revisão dos protocolos e das concepções gerais, incluindo as pedagógicas que vêm guiando o retorno; a inclusão digital dos alunos; a formação de Comitês Locais de fiscalização nas escolas, e de uma Comissão Central de fiscalização entre Governo, SEPE-Niterói e representações da sociedade e órgãos de controle.

Prefeitura de Niterói responde

Procurada pelo A Seguir: Niterói, a Prefeitura não tinha comentado o assunto até a publicação da reportagem. A resposta só foi encaminhada às 21 h 21 min, e incluímos nesta atualização. A Prefeitura não rechaçou as informações da Sepe. Apenas informou procedimentos adotados pela rede municipal para acompanhamento dos casos de Covid. Diz a nota:

“A Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Municipal de Educação de Niterói informam que as escolas seguem a orientação da Secretaria Municipal de Saúde em relação aos protocolos de segurança contra a Covid-19. As regras foram detalhadas no documento “Sistema de Vigilância Escolar” e no Plano de Retomada das Aulas, e são validadas pelo comitê científico desde maio de 2020.

Uma das ações previstas é o monitoramento constante das escolas, afastando e acompanhando possíveis casos suspeitos (sintomas de gripe). Este acompanhamento é realizado pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covig) da Secretaria de Saúde, que é acionada pela unidade em casos suspeitos de gripe. A Covig é a responsável por investigar, orientar e acompanhar os casos.

Desta forma, quando há necessidade, o aluno ou profissional é afastado ou há suspensão das aulas presenciais de uma turma ou da escola. Vale ressaltar que as secretarias de Educação e de Saúde mantém diálogo constante com as escolas para garantir que os protocolos sejam seguidos.”

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