13 de janeiro

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Secretária de Saúde de Niterói apresenta programa de combate à dengue do município em Curitiba

Por Redação
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Em 2023, Niterói se tornou a primeira cidade brasileira com 100% do território coberto pelo método Wolbachia
secretária de saúde de niterói Anamaria Schneider
A secretária de Saúde Anamaria Schneider participou de evento da World Mosquito Program. Foto: Divulgação

A secretária municipal de Saúde Anamaria Schneider apresentou, na quarta-feira (30), em Curitiba (PR), os números do Projeto Wolbachia. Ela participou de evento promovido pela WMP (World Mosquito Program) em parceria com a Fiocruz e o Ministério da Saúde. A WMP  é referência mundial no combate à dengue, zika e chikungunya.

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– Em meio a uma disparada de casos de dengue no país, em 2024, Niterói se manteve como um polo praticamente livre da doença graças ao método Wolbachia. A Wolbachia é um microrganismo que, quando inserida artificialmente em ovos do mosquito Aedes aegypti, reduz significativamente a capacidade deste mosquito de transmitir os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Com a liberação de mosquitos com a Wolbachia, a tendência é que esses mosquitos predominem na região e diminua o número de casos associados a essas doenças – explicou Anamaria Schneider.

Em Niterói, o trabalho foi iniciado em 2015 com uma ação piloto no bairro de Jurujuba. Em 2017, começou uma expansão no município e o método Wolbachia chegou a 33 bairros das regiões das praias da Baía e Oceânica. Em 2021, segundo a prefeitura, dados revelaram a eficácia da proteção garantida pela Wolbachia. Os números mostram a redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica. Naquele período, 75% do território estava coberto.

Em 2023, Niterói se tornou a primeira cidade brasileira com 100% do território coberto pelo método Wolbachia. No Brasil, o programa é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais.

De acordo com a secretária, a medida é complementar e ajuda a proteger a região das doenças propagadas pelos mosquitos, uma vez que os Aedes aegypti com Wolbachia – que têm a capacidade reduzida de transmitir dengue, zika, chikungunya – ao serem soltos na natureza se reproduzem com os mosquitos de campo e geram Aedes aegypti com as mesmas características, tornando o método autossustentável.

Segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde, em 2015, ano da implantação do projeto, foram confirmados 158 casos de dengue em Niterói. Em 2016, foram 71; em 2017, 87.

Já em 2018, foram 224 pacientes confirmados com a doença – a maior parte na Região Norte da cidade, onde o programa ainda não havia sido implantado. O número caiu no ano seguinte, quando foram registrados 61 casos.

A partir de 2020, os números caíram a cada ano: 85, 16 (2021) e 12 (2022). Em 2023, foram confirmados 55 casos de dengue na cidade.

 

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