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Em um período de dez dias, ocorreram em Niterói 65 focos de incêndio em vegetação, em decorrência da seca que se abateu sobre a cidade.
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De acordo com a secretaria do Clima, Defesa Civil e Resiliência, esse pico de incêndios aconteceu entre 24 de fevereiro e 5 de março, pegando em cheio a folia carnavalesca.
Quase um terço dessas ocorrências aconteceu na região de Pendotiba, Rio do Ouro, Várzea das Moças e Maria Paula, substituindo ainda mais a cor verde por um marrom amarelado, nos morros que formam a paisagem da cidade. Sem contar a grama dos canteiros que está amarelada, parecendo palha, e algumas árvores que começaram a morrer.
O primeiro grande incêndio na vegetação aconteceu em 18 de fevereiro, no Morro do Santo Inácio, em São Francisco. O Corpo de Bombeiros levou mais de 24h para controlar as chamas. Nessa época, a cidade chegou a ter 15 focos de incêndio em um único dia.
O município está, desde o dia 17 de fevereiro, com risco muito alto de fogo em vegetação. Porém, não é somente a mata que está “sentindo” a falta de chuvas.
A seca prolongada em Niterói causou estragos, também, na Lagoa de Piratininga. Desde a semana passada, seu espelho d’água vem diminuindo e já exibe a terra rachada.
A caminhada na orla da Lagoa revela a vegetação seca, que não está resistindo ao sol e ao calor. A marca da água recuou bastante. O pequeno brejo, perto do mirante, que sempre abriga muitas aves, está totalmente seco. Sem água, muitas plantas morrem, as algas proliferam e pequenos organismos não conseguem sobreviver, exalando forte mal cheiro.
A Defesa Civil de Niterói atribuiu a seca prolongada a um bloqueio atmosférico que tem impedido a formação de chuvas na região. Se a previsão do site Climatempo se confirmar, o bloqueio se dissipa na próxima segunda-feira (10), quando começa uma temporada de, no mínimo, uma semana de chuva, em Niterói.
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