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Nesta quarta-feira (5), o prefeito Rodrigo Neves e o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, se reúnem para formalizar o subsídio do município para a redução da tarifa do catamarã de Charitas, de R$ 21 para R$ 7,70.
Se tudo der certo, a Procuradoria-Geral do estado e a do município vão formalizar o contrato, que tem previsão de entrar em vigor no dia 12.
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Na semana passada, a Secretaria de Estado de Transportes e Mobilidade Urbana (Setram) enviou um ofício à prefeitura solicitando a celebração de um convênio para subsidiar financeiramente a linha social da estação hidroviária de Charitas.
Estudos iniciais apontam que a cidade pode gastar entre R$ 900 mil e R$ 1,3 milhão por mês com a medida.
Segundo levantamento da prefeitura, antes da pandemia, a estação chegou a registrar 20 mil passageiros por dia, número que hoje não passa de cinco mil. O objetivo é aumentar o número de passageiros na estação, recebendo os moradores da Região Oceânica que se dirigem para o Rio de Janeiro.
O prefeito Rodrigo Neves acredita que pode chegar a 50%. O município chegou a construir uma estação de BRT no local e um estacionamento para receber este movimento, o que nunca aconteceu em função do preço da tarifa.
A prefeitura não deu detalhes sobre a proposta, mas considerando-se o valor do desconto, de R$ R$ 13,30 por passageiro, o maior montante cobriria 97.744 viagens – o equivalente a 4.887 passageiros por dia, levando-se em conta que o catamarã não funciona aos sábados e domingos, praticamente o movimento atual. O aumento de movimento na estação pode aumentar esta conta, além dos R$ 15 milhões anuais.
Rodrigo Neves acredita que a cidade será beneficiada com a melhoria da mobilidade urbana. Ele quer mobilizar os empresários do setor rodoviário para aumentar o fluxo de ônibus da Região Oceânica para a estação.
— São pelo menos cinco mil carros a menos circulando na Roberto Silveira no horário de pico. Isso vai desafogar o trânsito não só do bairro, mas de toda a cidade. Moradores da Região Oceânica não precisarão mais acessar o Centro para pegar a barca, o que terá um impacto positivo no sistema viário — afirma Rodrigo.
A lei que prevê a tarifa social em Charitas, de autoria do deputado estadual Flávio Serafini (PSOL), foi aprovada em 2018, e nunca saiu do papel. A gestão do transporte aquaviário é do governo do estado, que incluiu a exigência no contrato assinado com o novo consórcio responsável pela operação do serviço, mas condicionado ao aporte de recursos do município.
O contrato com o Consórcio Rio Barcas, que assume a operação por cinco anos, prorrogáveis pelo mesmo período, soma cerca de R$ 2 bilhões e inclui a operação do transporte, a gestão e a manutenção de embarcações, estações e estaleiro, além de monitoramento e rastreamento por vídeo das embarcações.
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